Autarcas e governantes reuniram ontem em Alfândega da Fé para começar a elaborar o Plano Hídrico de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas pode demorar

Autarcas e governantes reuniram ontem em Alfândega da Fé para começar a elaborar o Plano Hídrico de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas pode demorar
O objetivo é criar regadio, charcas, mas também medidas de uso eficiente da água. O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, realçou que para já não há problemas de abastecimento de água na região:

“Nós não temos nenhum problema de abastecimento de água este ano em Trás-os-Montes. É verdade que Abril foi um dos meses mais quentes de sempre, mas este ano, em princípio, não há nenhum problema de abastecimento de água, estamos é a trabalhar para o futuro”.

Os agricultores da região já se queixam da seca e pedem apoios. O secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, disse estar acompanhar a situação e que são precisos dois meses de seca contínua para que sejam atribuídas ajudas:

“É uma norma Europeia que nós temos que dar cumprimento, se fosse apenas um critério nacional podíamos tentar fazer um esforço para fazer a pronúncia mais cedo, sendo um decreto europeu temos que fazer este compasso de espera e assim que for possível faremos a declaração de seca mais a Norte”.

Jorge Fidalgo, presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, que abrange nove concelhos do distrito, pede mais celeridade nos processos de regadio:

“Infelizmente as coisas demoram imenso tempo. O regadio que quero implementar no meu concelho, que está agora em fase de estudo de impacte ambiental, foi pensado há 15 anos, ou porque não há financiamento, ou porque o licenciamento é difícil e o que apelamos hoje ao Governo é que haja mecanismos mais ágeis de poder licenciar estes investimentos para que eles possam estar à disposição as populações o mais rapidamente possível. Perante um problema grave e agudo temos que responder imediatamente e não esperar tempos e tempos porque as pessoas desacreditam”.

Já o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, frisou que este ano a situação não é tão grave como o ano passado:

“Este ano estamos muito melhor que o ano passado. O ano passado estávamos aflitos. Tínhamos barragens que asseguravam apenas dois ou três meses de abastecimento público, o caso de Fontelonga, Sambade, e Vila Chã, e este ano estamos claramente melhor. As chuvas de Dezembro e Janeiro deram maior tranquilidade a esta região”.

Uma das medidas da APA de mitigação dos efeitos da seca é a entrega da camiões-cisterna aos municípios para ajudar no abastecimento das aldeias. Ontem, o município de Alfândega da Fé já atribuiu a viatura aos Bombeiros Voluntários da vila.

Foto: Município de Alfândega da Fé

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)

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