Macedense Carlos Rodrigues nomeado assessor no Ministério da Agricultura e Pescas

Carlos Rodrigues, ex-presidente da JSD distrital de Bragança, foi nomeado assessor do Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, desde o início do mês de Junho.

O engenheiro do Ambiente será técnico especialista na Secretaria de Estado deste ministério. O jovem de 31 anos destaca que é um desafio, uma oportunidade e promete dar relevo sempre ao concelho de Macedo:

“É um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade. É um desafio porque eu estive sempre ligado ao concelho de Macedo, estudei em Bragança, onde terminei o meu mestrado. Também tive a oportunidade de passar pelo Instituto da Conservação da natureza e das Florestas (ICNF). Vir para Lisboa é um desafio e adaptar a esta rotina, mas ao mesmo tempo uma grande oportunidade que eu agarro com toda a força e com toda a vontade, com a perspetiva de poder contribuir e é o que eu tenho dito muitas vezes… Daquilo que depender de mim e no que eu puder influenciar, claro que terei uma atenção especial pelo distrito, e neste caso, por Macedo de Cavaleiros, que é a minha terra.”

A pasta que neste momento está a trabalhar diz respeito às Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), uma ferramenta fundamental para proteção contra fogos rurais:

“O Ministério da Agricultura e neste caso mais concreto a Secretaria de Estado das Florestas está a desenvolver um Plano de Gestão Integrada da Paisagem, que são as chamadas as AIGP. É um assunto que ainda me estou a inteirar. Já foi lançada a primeira pedra, se assim podemos dizer, com as operações integradas na paisagem, em Mação, há cerca de uma semana, com o Primeiro-Ministro. Aquilo que se pretende é transformar a paisagem, de modo, a termos territórios mais resilientes. E estas áreas de Gestão da Paisagem funcionam um pouco como as Zonas de Intervenção Florestal, mas estas são específicas para os territórios que apresentam uma maior vulnerabilidade em risco de incêndio. Portanto, para o nosso território temos aqui uma oportunidade de ganhos de resiliência na nossa floresta, de produtividade e melhorar a vida das pessoas.” 

Acrescenta que um dos principais constrangimentos que se têm sentido no sector é a falta de apoios:

“Eu como tenho particular ligação pessoal à agricultura e à Floresta grande parte dos constrangimentos que se têm sentido nos últimos tempos é a falta de abertura para candidaturas para apoios. Sabemos que estamos em final de quadro, mas infelizmente o anterior governo deixou muito dinheiro por executar e é algo que agora se vai tentar reverter.”

Para além da gestão florestal do território, outra preocupação será o aumento do rendimento dos produtores de castanha e cereja, as produções predominantes neste concelho:

“Depois temos os problemas com que nos deparamos desde sempre, mas isso não é uma coisa que podemos controlar, como a inflação. Esta acarreta aumentos de custos brutais nos fatores de produção, desde fitofármacos, fertilizantes, adubos… Tudo aumentou muito de preço e infelizmente não se reflete no valor que o agricultor consegue vender os produtos. E nós apesar de termos bons produtos falta nos o processo de transformação e de dar valor acrescentado ao produto. Não podemos só apanhar a castanha  e exportar para fora, temos que ter mais indústria, como por exemplo a Sortegel, que realiza cá a transformação e acrescente valor. E quem diz a castanha, fala também da cereja. Nós precisamos desse segundo patamar, que seria a indústria de transformação. É um passo fundamental para aumentar o rendimento dos produtores”. 

Desde muito cedo que Carlos Rodrigues se dedica a causas públicas. Cumpriu um mandato como presidente da concelhia da JSD de Macedo, mais dois à frente da distrital de Bragança da JSD e foi eleito Conselheiro Nacional em 2022, de Luís Montenegro.

Atualmente é também membro eleito na Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros e vogal na secção concelhia do partido a que pertence.

Escrito por ONDA LIVRE