Os expositores fazem o balanço, e mostram a sua opinião da 39º Feira de São Pedro, que decorreu de 29 de Junho a 6 de Julho, em Macedo de Cavaleiros.
Foram cerca de 200 participantes que exibiram os seus produtos na 39º Feira de São Pedro, de várias tipologias, desde o artesanato, restauração, padaria, maquinaria agrícola, stand de automóveis, entre muitos outros.
O verdadeiro sucesso foi o espaço dedicado a tatuagens em que os profissionais não tinham mãos a medir, com tantas solicitações dos clientes. A proprietária, Daniela Padrão, de Bragança, faz um balanço positivo, nesta que foi a sua primeira participação:
“Correu bastante bem, não estava à espera de ter tanta afluência a nível de clientes Ganhei bastante marcações e ainda bastante renome.
Costumamos fazer fazer feiras, inclusive outras aqui em Macedo de Cavaleiros e decidimos voltar a apostar.
Para o ano estamos cá outra vez.”
Um dos clientes, Nelson Pinela, ficou muito contente com o trabalho realizado pela tatuadora e já pretende realizar a segunda:
“Foi uma oportunidade que tive, porque nunca tinha estado tão perto de pessoas que faziam tatuagens. E considerei o trabalho incrível e decidi experimentar. O resultado está fantástico. Já quero marcar para fazer outra. Fiz um lobo, que considero um animal muito bonito ver vamos ver para a próxima a ver como corre”.
Ana Moura Ferreira, artesã, de Bragança, faz malas e outros artigos em couro e pele sintética, com a opção de colocar o nome nas carteiras se o cliente pretender, destaca que é sempre bom participar nestas feiras para dar a conhecer os produtos que fabrica com as próprias mãos:
“Correu mais ou menos. Eu também já tenho muitas clientes aqui e é mais para divulgar mais o meu produto, que depois as pessoas compram via internet. E personalizo ao gosto delas.
Se compensa a vinda? Vai compensando, depende das feiras. Esta foi mais fraquinha um bocado, mas sim vai compensado. Nem que seja par as pessoas conheceram o produto e divulga-lo.
Para o ano estou cá de novo.”
Já Sandra Aleixo, representante da Padaria JMV, de Macedo de Cavaleiros, confessa que não correu muito bem:
“”Não está a correr muito bem, com poucas vendas. Vendo folares, calços, pão com nozes e passas, abarretado, pão caseiro, regueifa, económicos, ou seja, os nossos produtos típicos da pastelaria e de Macedo de Cavaleiros.
As pessoas não me têm dito nada porque passam e não param. As pessoas vão a conversar e não param sequer. A crise que está instalada pode ter a ver um pouco com isso, mas aqui também anda pouca gente. Este ano, a feira está um bocadinho fraca.”
Outro participante, foi Armando Pereira, construtor de instrumentos musicais, que vem de Bragança, enquanto afinava a sua nova invenção, um cavaquinho e um bandolim, numa só peça, partilha a opinião do expositor anterior, mas promete voltar porque destaca que é uma oportunidade para divulgar os seus produtos:
“Porque há necessidade de dar a conhecer o produto, uma vez que só tenho nove anos de trabalho, e comecei como autodidata. O balanço é fraco. A feira está condenada, por via das pessoas pagarem entrada e por isso mesmo, vêm pouco.
Para o ano, penso voltar na mesma, uma vez, que tenho de realizar três feiras, para receber o apoio anualmente que o IEFP nos dá, como tenho cartão de artesão.
José Carvalho, também artesão, mas de casas de xisto, faz um balanço positivo:
“Sim, as pessoas gostam do meu trabalho e lá vou vendendo umas peças. Claro que há muita gente que tem dificuldades, com estas guerras com estas crises que há.
Mas, as pessoas gostam muito do meu trabalho e apreciam muito este tipo de artesanato, ainda por isso há muita falta de quem faça este tipo de trabalho. As pessoas lá vão procurando para oferecer e já tenho vendido quase para todo o mundo.
Claro que não é todos os dias que se vendem estas coisas, mas já tenho peças minhas em vários sítios, França, Alemanha e Nos estados Unidos da América.”
Estas foram algumas das opiniões de expositores, dos 200 de vários sectores do tecido económico e empresarial de vários sectores, desde a restauração, artesanato de várias tipologias, stand de automóveis, de maquinarias agrícolas.
De relembrar que de Macedo de Cavaleiros, apenas 20% são provenientes do concelho.
A 39º Feira de São Pedro decorreu de 29 de Junho a 6 de Julho, regressando ao anterior formato de 8 dias, em que a organização pertence à ACIMC – Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros com o apoio financeiro da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e, garante que é uma aposta ganha.
Escrito por Rádio Onda Livre




