O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) emitiu uma nota informativa, publicada ontem, sobre a tragédia da queda do helicóptero no rio Douro, no passado dia 30 de agosto, sexta-feira.
Desta nota informativa, destacamos que o piloto, nas suas declarações, disse que terá observado uma ave de médio porte à mesma altitude e na trajetória do helicóptero, que o obrigou a executar um desvio à direita, retomando a rota logo de seguida, quando regressava à base de Armamar, e iniciava manobras de descida constante, onde sobrevoou a margem esquerda (sul) do Rio Douro em direção à cidade de Peso da Régua.
O mesmo relatório do GPIAAF, refere que os dados recolhidos até ao momento não foi possível determinar de forma independente o ponto de execução dessa manobra.
No entanto, pelas 11h32, mantendo a descida em direção ao rio em volta à esquerda, a aeronave colidiu com a superfície da água com uma velocidade em torno dos 100 nós (185 km/h) por motivos a determinar.
Em sequência da colisão, o piloto, sentado à direita, e o ocupante da cadeira esquerda do cockpit foram projetados para fora da aeronave, em que “da violenta colisão com a água, o helicóptero sofreu uma deformação da cabine incompatível com a sobrevivência dos seus ocupantes”, pode se ler no relatório.
A integridade estrutural do aparelho AS 350 Écureuil ficou comprometida, libertando parte dos elementos de revestimento em material compósito.
Estes componentes de baixa densidade ficaram à superfície enquanto os restantes destroços assentaram no leito do Rio entre 4 e 6 metros de profundidade numa área de aproximadamente 3600 metros quadrados.
A colisão provocou a morte a cinco elementos da UEPS e ferimentos graves do piloto, que conseguiu vir à superfície e ser resgatado por pessoas no local.
Como é habitual, com este departamento de investigação, o GPIAAF publicará o relatório final, que de acordo com a lei tem um prazo de 12 meses após o desastre aéreo, em que se não for possível publica-lo, será apresentado um relatório intercalar pelo menos em cada data de aniversário.
Governo de Montenegro inicia processo de Indemnização às famílias dos militares da GNR mortos na tragédia do rio Douro
A Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assinou, esta segunda-feira, o despacho que “desencadeia a tramitação legal que conduz ao pagamento das indemnizações” aos familiares, adiantou o Ministério em comunicado. Mas ainda não se sabe o valor.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE
Fotografia: RTP