Assembleia Municipal de Mirandela pretende a certificação do heliporto para aterragens e descolagens, num regime de 24 horas

A Assembleia Municipal de Mirandela (AMM) aprovou, por unanimidade, na reunião da passada sexta-feira, uma moção a reivindicar à administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) que invista na requalificação do heliporto do Hospital de Mirandela, de modo a poder ser certificado pela Autoridade Nacional de Aviação Civil para ser possível o funcionamento das missões de emergência médica para helitransporte, em regime de 24 horas.

Segundo a moção, o Hospital de Mirandela “detém a necessidade de realizar a transferência de doentes críticos para Serviços de Urgência com maior grau de diferenciação”, mas o heliporto da Unidade Hospitalar de Mirandela “não tem tido o investimento que lhe permita a utilização do equipamento pelo Serviço de Helicópteros de Emergência Médica do INEM”, pode ler-se no documento.

Atualmente, o Heliporto não tem condições para aterragem de meios aéreos, sendo a alternativa o campo de relvado sintético da Reginorde, a dois quilómetros da unidade hospitalar, o que, segundo esta moção apresentada pelo deputado municipal do PS, Luís Soares, leva “à necessidade de atravessar toda a cidade, obrigando a passagem do doente para uma ambulância e da ambulância para o meio aéreo, consumindo tempo que pode comprometer a recuperação em doentes instáveis”, avisa o também presidente da junta de freguesia de Mirandela.

Na mesma moção, é pedido à administração da ULSNE que esclareça porque Mirandela não recebeu o investimento necessário à semelhança do heliporto do Hospital de Bragança. “Pedimos alguma equidade”, adianta Luís Soares. “Porque é que o equipamento não sofreu as obras necessárias para essa certificação, há semelhança do que aconteceu com o heliporto de Bragança, que já funciona em regime de 24 horas, e que recebeu obras de requalificação e Mirandela não”, questiona. “É mais uma vez uma diferenciação negativa do hospital de Mirandela para ter todos os equipamentos e recursos necessários para melhor prestar todos os cuidados de saúde aos nossos doentes”, afirma.

Luís Soares lembra que, até há pouco tempo, o heliporto recebia helicópteros apenas durante o período diurno, “mas agora nem isso acontece”,

Entretanto, confrontada com o teor desta moção, a administração da ULS do Nordeste já respondeu, por correio eletrónico.

Refere que “se encontra em curso o processo relativo a operações aéreas de emergência médica no Heliporto da Unidade Hospitalar de Mirandela, aguardando-se o respetivo parecer e eventual autorização nesse sentido por parte da ANAC”.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Terra Quente)

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