A presidente da Câmara de Mirandela não revela se é sua intenção cumprir o mandato até ao fim, ou se vai deixar a presidência entregue ao vereador, Vítor Correia, indicado, na passada quarta-feira, pelo secretariado e pela comissão política concelhia do PS, como o candidato socialista nas autárquicas de 2025.
Depois de ter anunciado, no início deste mês, na sua pagina pessoal, da rede social Facebook, que não vai recandidatar-se a um possível terceiro mandato, Júlia Rodrigues foi questionada sobre este assunto, na passada sexta-feira, no decorrer da reunião da Assembleia Municipal, pelo deputado municipal do PSD, Paulo Pinto, que foi o escolhido da concelhia social-democrata para indicar como candidato laranja a Presidente do Município, no próximo ano.
No período antes da ordem do dia, Paulo Pinto questionou a autarca socialista, mas não obteve resposta:
Paulo Pinto referiu que a decisão de Júlia Rodrigues em não se recandidatar com o argumento de ser uma questão pessoal “é uma decisão que respeitamos”, no entanto, a sua decisão “tem implicações políticas e a dúvida que ficou nesta assembleia é se vai terminar o mandato ou se vai abandonar antes, dando o lugar de presidente da câmara a quem é o candidato do PS nas autárquicas do próximo ano, podendo capitalizar a favor dele, uma vez que tem alguns meses pela frente”, acrescentou o também presidente da concelhia social-democrata, rematando que “os mandatos são para cumprir até ao fim e apesar de respeitarmos a decisão, queríamos Júlia Rodrigues até ao final do mandato”, conclui.
Apesar de respeitar as razões de Júlia Rodrigues não se recandidatar, Paulo Pinto entende que o mandato devia ser cumprido até o final.
Júlia Rodrigues acabou por não responder, nem na Assembleia Municipal, nem no final da reunião, à CIR.
INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)