Família foi acusada de serem suspeitos “da prática de crimes de tráfico de pessoas para fins de exploração laboral, sequestro e escravidão”.
O Tribunal da Relação de Guimarães (TRG) ilibou de escravidão, o clã, um homem e duas mulheres, que não pagava e batia aos trabalhadores. Num processo que já se arrasta há mais de 13 anos, nos tribunais, com sucessivos recursos.
A notícia foi avançada pelo JN de hoje, em que o TRG apenas deu como provado que esta família de Alfândega da Fé, coagiu e agrediu, durante cerca de 20 anos, várias vítimas, obrigando-as a trabalhar em quintas, e também na construção, todos os dias da semana, não recebendo salários. Mesmo que recebessem pelo trabalho desempenhado, o dinheiro era retido pela família, com recurso a ameaças, coação e agressões, metendo medo às vitimas que não conseguiam fugir.
Em abril de 2024, o Tribunal de Bragança condenou o homem e a mulher por escravidão e tráfico de pessoas, sujeitos a oito anos de prisão. A filha, a oito anos e meio.
Agora, a pena de prisão para todos os elementos deste clã, foi neste momento, fixada em cinco anos e suspensa por três.
A filha do casal, também foi indiciada por mais um crime, aborto na forma tentada. Descobriu que o marido, engravidara uma das vítimas e bateu-lhe na barriga, estando esta grávida de seis meses.
O caso remonta a 20 de setembro de 2012 e os detidos saíram em liberdade. Em fevereiro de 2020, foram julgados pela primeira vez, pelo tribunal de Bragança, acabando por serem condenados a oito anos de prisão, culpados pelo crime de escravidão. O clã acabou por recorrer da decisão e em 2021, em maio, houve repetição do julgamento. Neste mesmo ano, a família voltaria a ser condenada em penas iguais, em novembro. Em junho de 2022, houve lugar a novo recurso e o TRG voltou a pronunciar-se, ordenando que o caso, voltasse para a primeira instância, ao Tribunal de Bragança.
Em dezembro do ano passado, voltou a ser apresentado outro recurso, sendo esta a decisão do TRG, que iliba de escravidão esta família que atormentava estas vítimas suspeitos de “da prática de crimes de tráfico de pessoas para fins de exploração laboral, sequestro e escravidão”.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE