Alunos do primeiro ano de Macedo recordaram profissões antigas

Esta quinta-feira, foi a vez dos alunos do 1º ano do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros subir ao palco do Centro Cultural para um espetáculo especial, no âmbito do Domínio de Autonomia Curricular (DAC), cujo tema foi o “Passado versus Presente”: “Profissões, jogos e brincadeiras”.

Os cerca de 102 alunos das cinco turmas do 1º A, ao 1º E, vestiram-se de padeiros, queijeiros, agricultores e campesinos, de forma a recordar profissões que estão a desaparecer. O espetáculo também contou com a ajuda dos pais, que abrilhantaram o momento com diversas atuações.

Os mais petizes gostaram de participar na iniciativa, como contam:

“Dancei muito e também gostei. Vesti-me de padeira”, contou a Mia Santos de 7 anos.

“O espetáculo foi fácil fazer. Correu bem e também me vesti de queijeiro”, disse Bianca Pereira, também de 6 anos.

“Vesti-me de queijeira”, finalizou Maria Leonor.

Para além do espetáculo também houve uma exposição de brinquedos tradicionais, no polo 1 com o objetivo de recordar as brincadeiras mais antigas, como explica, Alexandra Subtil, coordenadora do departamento de 1º ciclo e da Escola Básica:

“Uma exposição de brinquedos atuais, outros que nós brincámos da nossa geração, mais antiga e estão expostos agora no Polo 1, e portanto eles foram fantásticos com todo o tipo de materiais, com mais a madeira e o ferro, outras coisas que usávamos antigamente, aqueles carrinhos de rolamentos, aquelas brincadeiras giras de rua. E portanto foi tentar recuperar um bocadinho para ver se eles deixam de manusear tanto o telemóvel e o tablet. E tivemos uma excelente ajuda dos pais os pais foram inexcedíveis, sem eles era completamente impossível, como sabem os professores agora é um professor por turma e portanto é difícil.”

Estes trabalhos foram realizados no âmbito do Domínio de Autonomia Curricular (DAC) que é uma área de trabalho interdisciplinar, como explica Fernanda Vicente, que exerce funções no Centro de Formação da Associação de Escolas Bragança Norte (CAFAE) e é a representante de autonomia e flexibilidade curricular:

“Para que as crianças percebam na verdade, os saberes não estão compartimentados. Na verdade eles dialogam uns com os outros, como acontecem no nosso dia-a-dia. Nós não separamos aquilo que é a dimensão da história, da geografia, do português, das línguas. Porque na verdade nós convocamos a toda a hora, e em simultâneo. Não estamos a pensa, agora vou usar o texto, porque estou a comunicar oralmente. Vou estrutura-lo desta maneira. Na verdade, nós fazemos isto com naturalidade, e é isso que as crianças, desde muito cedo, compreendam. Que as áreas do saber não se compartimentam. Elas não estão separadas de algum modo. Embora a nossa estrutura curricular, esteja ainda separada por disciplinas, elas comunicam de forma de forma interdisciplinar e transversal”.

No final, todas as crianças cantaram a Rosinha, com o grupo Ambria Ardena.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE
Jornalista: Maria João Canadas

Oiça aqui a peça: https://ondalivrefm.net/olfm/wp-content/uploads/2025/06/peca-dac-1-.mp3

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *