A forte trovoada e o vento forte que se fizeram sentir este domingo ao início da noite ,destruíram elementos de um alojamento local, nomeadamente, o telhado e o terraço. Este alojamento localiza-se em Alfândega da Fé, na Rua do Relógio.
Por volta das 20h15 ouviu-se um estrondo muito grande. A proprietária, Catarina Lemos, que habita em Vila Real e gere à distância este alojamento, descreve, que os país foram avisados por uns senhores de um forte estrondo, que não sabiam qual era a origem:
“No castelo, na rua de cima, as pessoas ouviram um estrondo e questionaram-se sobre o que tinha acontecido.E depois houve uns senhores que estavam perto ali do nosso alojamento, que deram conta, que o vento ao passar fez estragos ali, porque o barulho foi muito forte na nossa zona. E ligaram à minha mãe para ela ir a casa, lá acima, ao alojamento local. Graças a Deus não tinha hóspedes, porque tinha havido um vento muito forte. Os senhores diziam que ouviram um barulho muito grande que veio daquela zona. E a minha mãe, coitada, foi ver e quando chegou lá não foi muito agradável o que ela viu.”
Quando a família foi ao local, nomeadamente, a sua mãe que já tem uma idade avançada, 81 anos, deu conta dos prejuízos avultados e muito significativos, que não vão permitir que abra ao público durante pelo menos um mês, ainda por cima, durante esta época alta:
“O nosso alojamento tem uma parte por trás, que é onde fica depois também um quarto, uma casa de banho e um terraço grande.
As chaminés voaram completamente. Ficaram destruídas e destruíram outros elementos da casa. Uma caiu para a rua e a outra caiu para dentro.
Depois, no terraço caiu uma parede também, que estava a dividir um telhado de outra casa. Esta parede caiu literalmente para dentro do terraço.
E houve também uma viga, penso eu, que caiu para dentro, ainda furou um dos quartos, na placa.
E ainda houve uma viga de ferro e cimento, que estava muito bem colocada, que conseguiu levantar voo, não lhe sei explicar como. Aquilo deve ter sido mesmo muito forte porque conseguiu levantar voo e cair para cima do telhado da nossa casa.
Os danos no telhado não sei quantificar, porque não conseguem ver muito bem e não podem mexer, porque estamos à espera dos peritos do seguro. Mas caiu literalmente em cima do telhado.”
Não houve vítimas a registar, porque este fim de semana a proprietária tinha recusado uma reserva de uma noite, como explica:
“Foi mesmo muita sorte porque eu tenho sempre o alojamento cheio nesta altura. E felizmente, neste fim de semana, eu recusei, porque era só para um dia, e nós fazemos duas noites, e por isso eu recusei, e felizmente que recusei, porque não seria agradável.”
Também explicou que já por causa de ser uma zona muito ventosa, tinha solicitado um parecer à câmara municipal para construir uma proteção para o vento:
“Já por si é uma zona muito ventosa. Nós até pedimos a construção de uma proteção para ver se o vento não batia tanto naquela zona, porque às vezes os hóspedes querem ir para o terraço, mas está um vento tão forte, que se quiserem abrir o guarda-sol não conseguem. Mas o pedido foi negado, porque aquilo é considerada, não é uma zona histórica, mas é uma zona envolvente, à zona histórica, é assim que eles chamam. E não nos foi autorizado pelo arquiteto da câmara, por causa de ser uma zona assim considerada. E agora foi o que aconteceu.”
Agora, a empresa para além destes prejuízos, também teve de cancelar todas as reservas deste mês de julho.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE
Jornalista: Maria João Canadas











