Incêndio de Vila Real com uma frente ativa

O incêndio que começou no passado sábado em Sirarelhos, Vila Real, tem hoje uma frente ativa, estando já no concelho de Mondim de Basto.

No combate às chamas estão 659 operacionais, apoiados por 217 meios terrestres e sete meios aéreos.

Alexandre Favaios, presidente da Câmara de Vila Real, lembra que ontem os vários reacendimentos voltaram a preocupar os operacionais e as populações, e salienta a articulação no combate evitando danos maiores:

“Tivemos aqui alguns reacendimentos, durante a manhã e também no período da tarde de ontem, que voltaram a espigar as nossas aldeias. E fizeram com que as nossas aldeias ficassem outra vez em risco. E isso foi provocado pela mudança repentina do vento, que aumentou a intensidade. Novamente, elogio o trabalho daquilo que foram os operacionais no terreno. Naturalmente, os meios são sempre escassos, para as situações que estamos a lidar. O que se veio a verificar. O trabalho articulado entre os homens e as mulheres, dos operacionais do terreno, permitiram, mais uma vez, nenhuma casa ardesse. Exceção feita às construções agrícolas e à floresta. Nenhuma construção foi tolhida pelo fogo. Eu queria destacar e agradecer naturalmente às duas corporações de Bombeiros de Vila Real.”

O presidente da câmara refere que durante a noite a preocupação foi evitar que o fogo chegasse às populações de Arnal e Galegos da Serra.

“Ainda ontem, com essa mudança de tempo, depois de percebermos que a partida a evolução estava a ser francamente positiva, ao final de tarde, início de noite,
Na aldeia de Arnal e Galegos da Serra se instala outra vertente de fogo, que de alguma forma se dirigia para estas duas aldeias. Imediatamente foram recolocados veículos, homens e mulheres, tanto no terreno, que fizeram um trabalho durante toda a noite absolutamente extraordinário, que nos permite hoje de manhã, estar mais descansados.”

Portanto esperemos que assim aconteça, consolidar o que foi feito efeito em complementariedade com os meios médios. E por termo esta frente de fogo que lavrava em Vila Real. Não podemos dizer que o fogo está extinto, portanto, totalmente dominado.

Alexandre Favaios diz que depois de debelados os incêndios será altura para fazer balanço dos prejuízos:

“Neste momento, a nossa prioridade, durante esses três dias, foi sempre a defesa das populações e dos seus bens. Naturalmente sempre mais relevante, as suas casas, os seus espaços e a vida das pessoas.

Depois será a altura de avaliar e ver o que possa ter corrido menos bem, no próprio combate, mas efetivamente , perceber quais são os danos provocados, principalmente na nossa mancha florestal mas também nas produções agrícolas. Isso será trabalho para os próximos dias. Avaliar a extensão ardida e os prejuízos, que ocorreram e normalmente a fazer uma avaliação destes três dias.”

Recorde-se que o incêndio de Sirarelhos, da União de Freguesias Pena, Quintã e Vila Cova, teve início às 23:45 do passado sábado, num dia em que no concelho de Vila Real existiam mais dois incêndios preocupantes em S. Cibrão na freguesia de Andrães e em Mondrões e Torgueda.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Universidade FM)
Foto: Meteo Trás-os-Montes