No próximo dia 18 de outubro, às 21h30, o Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros mostra o espetáculo de dança contemporânea “It’s a long yesterday”, interpretado por Carminda Soares e Maria R. Soares.
Esta é uma criação do projeto “Palcos Instáveis Segunda Casa, numa Coprodução com o Teatro Municipal do Porto, que desde 2012 tem incentivado o trabalho de criadores emergentes da cidade do Porto e do Norte do país. O trabalho que é protagonizado por Carminda Soares e Maria R. Soares, não é mais do que “um exercício sobre o desejo, a fratura e a multiplicação.”
As bailarinas referem que “somos movidas pelo propósito pessoal e íntimo de trabalhar sobre a nossa condição de irmãs gémeas – e do que isso representa para nós – como ferramenta de investigação para refletir sobre a potencialidade de um corpo impreciso porque múltiplo. Assim sendo, partimos de um conceito sempre presente no nosso universo biográfico – a semelhança. Conceito por si só dúbio, já que aquele que é semelhante não é igual nem diferente, mas é colocado num espaço intermédio entre os dois opostos. Semelhança não é mais do que um espaço de indefinição, de anonimato, e por isso mesmo, um lugar de abertura para múltiplos sentidos e significados. “It’s a long yesterday” situa-se nesse lugar intermédio: entre o igual e o diferente, entre o uno e o múltiplo, entre um gesto de amor e um gesto de ódio.”
Carminda Soares é bailarina e criadora. No seu currículo trabalhou com Victor Hugo Pontes, Eduardo Torroja, Sarah Friedland, Ballet Contemporâneo do Norte, Catarina Miranda, Marianela Boán, Gonçalo Lamas, entre outros. Como criadora destaca “It’s a long yesterday”, criado em parceria com Maria R. Soares; o seu projeto a solo “Light on Light”; e “Simulacro” em parceria com Margarida Montenÿ.
Já Maria R. Soares é bailarina e criadora. Tem colaborado com Victor Hugo Pontes, Lara Russo, Sarah Friedland, Catarina Miranda, Marianela Boán, Ballet Contemporâneo do Norte, entre outros. Como criadora apresentou “It’s a long yesterday”, em colaboração com Carminda Soares; “O meu velho diz que morre”, projeto que parte do folclore português com a participação do Grupo Folclórico da Corredoura e da Sociedade Musical de Guimarães; e “VOID VOID VOID”, uma performance coreográfica e sonora em colaboração com Antonio Marotta.
