Pedro Nuno Santos foi a Freixo de Espada à Cinta criticar o desinvestimento feito na ferrovia em Portugal nas últimas décadas e anunciar que a política do Governo socialista, a que pertence, é diferente.
O Ministro das Infraestruturas destacou que a maior parte das linhas ferroviárias no país estão em obras e que, no caso da Linha do Douro, o comboio vai mesmo chegar à fronteira com Espanha:
“As obras não se fazem em um ou dois anos, temos de fazer estudos de viabilidade, têm de ser feitas avaliações de impacte ambiental, projetos, a empreitada, e infelizmente demora. É difícil recuperar 40 anos de atraso na ferrovia em poucos anos, mas esse é o trabalho que estamos a fazer. Para nós é muito claro que a Linha do Douro tem um potencial único no mundo que deve ser aproveitado em toda a sua plenitude. Por isso queremos que o comboio chegue até à fronteira. O primeiro passo para podermos avançar com esse investimento é termos o estudo prévios de viabilidade e o projeto feito. Assim que isso estiver concluído, o nosso objetivo é lançar o concurso no primeiro trimestre de 2023.”
Outra intenção é alertar o governo espanhol para a necessidade de de prolongar a ligação ferroviária até Salamanca, mas Pedro Nuno Santos ressalva que o executivo português deve primeiro dar o exemplo:
“Temos de tratar do nosso país e fazer aquilo que depende dos portugueses. É sobre isso que estamos a trabalhar.”
Reabilitar o troço da linha ferroviária do Douro, entre Pocinho e Barca D’Alva vai custar cerca de 75 milhões de euros. De acordo com o estudo de viabilidade, que foi apresentado esta segunda-feira em Freixo de Espada à Cinta, é rentável do ponto de vista económico, com os benefícios a totalizarem mais de 84 milhões de euros.
Por outro lado, vai permitir criar quase cinco mil empregos na fileira do turismo.
A linha do Douro, entre Pocinho e Barca d’Alva, está desativada desde 1988.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)