Festival Geada em Miranda do Douro promete aquecer o público português e espanhol

Derreter o gelo, tão típico nestas noites frias de inverno é o principal objetivo do Festival Geada, que vai decorrer este fim-de-semana, em Miranda do Douro, na sua 14º edição.

A máxima do festival é “Bamos derretir l carambelo!” (“Vamos derreter a geada!”) e pretende com tradição, música, e cultura “aquecer” o austero inverno que se faz sentir, com fogueiras espalhadas pelo recinto, como explica Nuno Coelho, presidente da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa, que é quem organiza o evento:

Ambiciona não só manter esta tradição que temos, mas também elevar o nosso festival a novos patamares. Está inserido nas celebrações do solstício de inverno e é uma manifestação cultural que tem ganho cada vez mais relevância para a cidade de Miranda do Douro e para a região. É realizado todos os anos, com o objetivo de divulgar a nossa cultura e as tradições das terras de Miranda. O lema significa vamos derreter o gelo, ou a geada, fazendo aqui uma referência ao rigoroso inverno que nós temos em Trás-os-Montes. E aqui durante o festival temos uma série de fogueiras que são espalhadas por todo o recinto que ajudam a aquecer todo o recinto, que também simboliza o calor humano, e a energia contagiante que o Geada tem. Com este ambiente festivo, a ideia acaba também por criar um ambiente vibrante, para fazer esquecer o frio, e substituir isso por animação e calor das celebrações.

Já para aquecer a “alma”, as propostas musicais serão variadas:

Este ano em palco vamos ter, no dia 28, os Zíngaros e Uxu Kalhus e no dia 29, domingo, vamos ter os Trasga e Eskorzo. Além disso, temos vários espetáculos de animação de rua, com diversas bandas, que estão constantemente a circular pelo recinto do festival, que se vai situar no centro histórico da cidade de Miranda do Douro, reaproveitando antigas casas, e adegas, de pessoas que moravam aqui nesta zona.

O evento recebe assim, as bandas Zíngarus e Uxu Kalhus, no primeiro dia, e no segundo Trasga, banda que canta em mirandês e ainda Eskorzo, considerada a melhor banda folk da Espanha. Havendo também workshops de dança, música e língua mirandesa e a Ronda das Adegas.

A entrada não é livre, existe um recinto fechado, que é numa zona exterior, e depois vai existir uma tenda, onde vão decorrer os concertos de palco. Tudo o resto, será realizado na rua, nesta zona exterior. Existe uma pulseira que é comprada na entrada do festival.

O bilhete para os dois dias tem o custo de 8 euros e o bilhete diário é de 5. Este festival recebe cerca de 1 600 pessoas.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE