Capital do Morango espera cinco mil pessoas

A freguesia de S. Pedro Velho, em Mirandela produz anualmente cerca de 100 toneladas de morangos e é já conhecida como a Capital do Morango.

Visando a promover e divulgar a qualidade do morango e outros produtos, decorre este fim-de-semana, a V Feira do Vinho e Morangos.

Este ano, o certame bate o record de expositores.

O presidente da Junta de Freguesia, Carlos Pires adianta que este ano estão previstos 40 expositores.

“Este ano temos cerca de 40 expositores. Alguns são aqui da freguesia, temos também do concelho de Mirandela, Macedo e a maior parte são do distrito de Bragança. Temos fumeiro, pão, azeite, artesanato. Como sempre o ensino também está representado com a Escola de Hotelaria de Carvalhais, o IPB. Este ano temos uma associação ligada ao cancro da mama, vai estar pela primeira vez. É um problema atual, a feira não é só para promover os nossos produtos mas também para chamar a atenção para problemas do dia-a-dia.”

Carlos Pires refere que esta feira já tem algum destaque na região e acredita que passarão pela Feira do Morango mais de 5 mil pessoas.

“Penso que é uma feira no concelho que começa a ter algum destaque. Pelo feedback que tenho tido, toda a gente quer vir porque vieram nas outras edições e querem voltar, as pessoas que não conhecem têm curiosidade. É uma feira que funciona muito bem, com as suas características, tem funcionado muito bem e no ano passado foi um sucesso. É muito difícil calcular, pensamos que no ano passado passaram pela feira cerca de 4/5 mil pessoas, este ano (pelo feedback que tenho tido e pela publicidade que fizemos, ainda hoje saiu num jornal nacional), penso que poderemos contar com mais gente. Tem sempre tendência a crescer e acho que vai ser mais um sucesso, não tenho dúvidas disso.”

O presidente acrescenta que esta feira é um bom mote para combater a desertificação que atinge as aldeias do interior do País.

“Promovendo o vinho e os morangos estamos a contribuir para a economia local e já tem um peso bastante elevado na nossa aldeia. Relembro que esta aldeia tem 200 pessoas em que os cinco produtores, nestes meses da apanha do morango, têm cerca de 40/50/60 pessoas a trabalhar quase todos os dias, já tem uma grande importância. Penso que esta feira também ajuda numa altura em que se fala tanto em desertificação, em interioridade, penso que ajuda a manter a aldeia viva, a por a aldeia no mapa e ajuda a que as aldeias não desapareçam. É o que se tem visto em muitas aldeias, não havendo iniciativas as aldeias tendem a desaparecer e as pessoas a procurar o litoral. Nós com esta feira ajudamos a fazer com que as pessoas se mantenham na aldeia e a promover o nosso produto, o que é nosso que é bom.”

Para além dos morangos, a feira vai ter outros produtos regionais, com destaque para o vinho, azeite, mel e framboesa.

Do vasto programa do evento fazem ainda parte um passeio pedestre, provas de vinhos, um workshop e animação musical.

Sábado à tarde, a Rádio Onda Livre leva até à aldeia o programa Feiras e Festas com muitos artistas e muita animação.

Escrito por Onda Livre