Não há dinheiro para apoiar as entidades culturais como havia há vinte anos.
A declaração é do Secretário de Estado da Cultura.
De visita a Macedo de Cavaleiros, Jorge Barreto Xavier sustenta que não se vivem tempos de demagogia e realça que as dificuldades devem ser encaradas com realismo e com uma maior intervenção social.
Alertando para a falta de recursos crescente, o parlamentar frisa que hoje, o modo de vida deve ser ajustado às possibilidades financeiras do velho continente.
“Não podemos negar que vivemos um momento de dificuldade. Há varias maneiras de olharmos para as dificuldades, uma é o que é que podem fazer por nós, outra é como é que nós podemos agir em relação às nossas próprias dificuldades. Já não vivemos aquele momento em que podemos pensar que o Estado é um pai, que resolve todos os problemas, não é. Somos todos cidadãos de corpo inteiro, temos todos o dever, para além do direito, de o desempenharmos na vida social”.
“O Estado tem um papel fundamental, tem que estar presente na intervenção social, mas os cidadãos tem que desenvolver a sua parte. Hoje em dia, com as limitações que Portugal e a Europa atravessam, pensar que o modo que vivemos é igual ao de há 20 anos é errado, se alguém disser isso é só por demagogia e não vale a pena estarmos com demagogias porque não é o momento. É o momento de enfrentarmos a vida que temos, as dificuldades que temos com realismo”, realça o Secretário de Estado.
O Secretário de Estado da Cultura frisa que a escolha para os apoios chegarem ao destino é feita com justiça e total transparência.
Barreto Xavier é imperativo ao dizer que é impossível apoiar as diversas organizações existentes no País.
“O Estado deve desenvolver os seus apoios com justiça e transparência mas hoje temos menos dinheiro e isso significa uma coisa prática, que é uma regra de aritmética simples, infelizmente não podemos apoiar da mesma forma o mesmo número de organizações que se apoiavam antes. O trabalho através do qual se faz o apoio às artes, em particular, é um trabalho seletivo. Esse trabalho reflete uma visão de escolha a partir de regras que estão estabelecidas e são transparentes. Há organizações que são apoiadas e há outras que não, apesar de tudo e ainda durante esta iniciativa do concurso este ano, foi possível reforçar a verba disponível mas mesmo assim ela não chega para toda a gente. É óbvio que lamentamos isso, mas ao mesmo tempo não conseguimos chegar hoje, nem seria possível, que todas as entidades que concorrem a concursos públicos fossem contemplados nesta ou outra área”, explica.
Jorge Barreto Xavier a declarar que há menos dinheiro para apoiar a cultura em Portugal.
Escrito por Onda Livre