Greve dos professores divide opinião dos docentes e estudantes

Greve dos professores divide opinião dos docentes e estudantes

 

Os professores lutam pelos seus direitos contra as várias medidas anunciadas pelo Ministério da Educação.

Os alunos sentem-se prejudicados mas garantem que entendem o lado dos docentes.

Veneranda Pereira, professora no Agrupamento Vertical de Escolas de Macedo de Cavaleiros, afirma que a data do exame não foi alterada por teimosia do Ministro da Educação.

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“Estou em greve com a convicção que os nossos direitos estão a ser torpedeados. Estamos a ser negligenciados em todos os nossos direitos, todas as nossas conquistas. Respeitamos os nossos alunos, trabalhamos para eles, é por eles que vivemos na escola. Não somos nós que estamos a querer que algo de mal aconteça aos nossos alunos, queremos tudo do melhor para eles, o Ministério é que continua teimoso e irredutível. Esta greve estava agendada, pedimos que alterassem a data do exame de 17 para o dia 20, foi irredutível, não quis. Esta luta dos professores foi agora porque o Ministério quis. O Ministério anunciou todas as medidas nesta altura do ano porque queria apanhar os professores desprevenidos.”

Para a professora a greve não prejudicou os alunos.

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“Os alunos vão ter outra oportunidade para fazer o exame. O Ministério é que os prejudicou ao não alterar a data do exame de ontem, foi-lhe proposto que alterasse o exame para o dia 20, os alunos teriam mais tempo para estudar. Foi prometido ao Sr. Ministro da Educação que dia 20 os professores não faziam greve se este exame fosse adiado, o Sr. Ministro manteve-se irredutível, foi uma medida ditadora. A greve estava marcada para o dia 17 e ele manteve o exame quando o podia ter adiado, sem prejuízo para ninguém, nem para os alunos e os professores manifestavam o seu desagrado contra estas medidas que vão ser implementadas no próximo ano lectivo.”

Os alunos falam em desigualdade perante os estudantes que não tiveram a oportunidade de fazer o exame.

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“Para mim em termos de estudo não mas é óbvio que influencia. Nós queremos sair daqui e não sabemos como vai funcionar. Não sei se o exame pode ou não ser anulado, dependendo das outras escolas, e isso influencia-nos. Por exemplo, eu fiz o exame, se houve alunos que não fizeram eu vou ter que repetir em termos de igualdade, mas mesmo assim já não haverá igualdade porque eles não fizeram este. Não acho justo nem acho normal, acho que eles podiam ter escolhido outra altura para fazer greve.” – Raquel Alves.

“Eu acho que não vai influenciar os nossos resultados. Mesmo sabendo que podia não haver exame e que podíamos ir para o exame sem sabermos as nossas notas, todos os alunos em coordenação com os pais e professores, tentaram preparar-se ao máximo para o exame mesmo sem a certeza que seria realizado. Acho que os alunos fizeram tudo para acreditar que haveria exame.” – Luís Honrado.

Apesar da greve dos professores não ter interferido com o exame nacional em Macedo de Cavaleiros, é um assunto que continua a dividir a opinião pública.

Os sindicatos de docentes falam de uma adesão à greve superior a 90 por cento, um dado coincidente entre Fenprof e FNE.

 

Escrito por Onda Livre

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