Produtores de castanha preocupados com aumento de estrangeiros ao rebusco

Produtores de castanha preocupados com aumento de estrangeiros ao rebusco

O Agrupamento de Produtores de Castanha do Transbaceiro, no concelho de Bragança, está preocupado com a grande quantidade de pessoas, em particular cidadãos do leste da Europa, que nos últimos tempos se tem dedicado ao rebusco. Esta prática consiste na apanha de castanha que é deixada depois dos proprietários dos soutos terminarem a campanha.

No entanto, segundo Carlos Fernandes, presidente desta associação, há muitas pessoas que invadem os soutos e levam grandes quantidades do fruto que, acredita, se destina à venda.

“O rebusco, que deveria ser aproveitado pelos habitantes locais, naturais e residentes, passou a ser feito de uma forma agressiva, violenta e organizada por cidadãos estrangeiros que assim estão a beneficiar de um costume próprio nosso.

O objetivo deles é vender essas castanhas “roubadas”, o que só acontece porque há quem as compre.”

 

O rebusco é normalmente feito pelas pessoas da aldeia que não têm castanha, depois de autorizadas pelo proprietário. No entanto, Carlos Fernandes afirma que a prática se tem adulterado nos últimos anos e as pessoas têm mesmo receio:

“Neste momento, a situação é tão grave e atingiu tais proporções que as pessoas da aldeia já têm algum receio de ir para o campo porque os bulgaros andam às dezenas.

Trata-se de exigir que o direito à propriedade privada seja respeitado por toda a gente.”

 

Para além disso, a prática começou antes de muitos produtores acabarem de fazer a sua própria colheita garante ainda o representante dos Produtores de Castanha.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)

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