Pais de alunos preocupados com aparente falta de policiamento junto às escolas de Macedo de Cavaleiros

Pais de alunos preocupados com aparente falta de policiamento junto às escolas de Macedo de Cavaleiros

Há encarregados de educação preocupados com a aparente falta de policiamento junto às escolas de Macedo de Cavaleiros.

Segundo dois testemunhos, que dão voz a outros pais, temem o final do projeto “Escola Segura”, o qual assegurava diariamente a presença de um militar junto aos vários pólos do agrupamento:

A presença de um elemento das forças de segurança fazia toda a diferença. Neste momento, de vez em quando, vê-se o carro da patrulha da GNR estacionado junto às escolas mas não há aquela presença tão forte, penso eu, como era quando a escola segura fazia serviço junto, tanto do pólo 1, como da secundária e do pólo 2. Neste momento, a GNR chega, fica ali fora, não se vêem lá muitas vezes, vão-se vendo, é verdade, mas também não muito, coisa que não acontecia quando era com a escola segura que todos os dias marcavam presença, pelo menos duas ou três vezes.”

 

Tal não tem acontecido, dizem estes encarregados de educação, que vão mais longe e falam em sentimento de insegurança:

Os miúdos precisam  mesmo de ver alguém que tenha pulso neles e o respeito. 

Ultimamente isso não tem acontecido. Há zaragatas e mais coisas que a gente não diz, mas há muita falta de segurança na escola, muita. 

O melhor seria reunir pais e encarregados de educação, falar com a Associação de Pais e ver da parte do diretor, a ver se há qualquer coisa, ele tem que ter interesse também porque a escola é dele também.”

 

Contactado, Paulo Dias, diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, afirma que efetivamente, no final do ano letivo passado, houve um problema de saúde com o militar afeto ao serviço mas que, atualmente, a situação está normalizada:

Quando me apercebi, no ano passado, que o serviço estava mitigado, procurei saber o que se passava e a informação foi que o militar estava afeto, estava de baixa médica e que haveria alguma dificuldade em substituí-lo. Entretanto o ano letivo terminou e no arranque deste ano, eu já tive oportunidade de falar com o Comandante Territorial, que me garantiu que o projeto se mantém em funcionamento  e efetivamente nós temos tido a colaboração da escola segura em várias áreas. Foi-me assegurado que os militares que faziam o patrulhamento iriam continuar a acompanhar as escolas e efetivamente têm estado e até têm estado dois militares nas horas de maior trânsito, portanto eu imagino que a situação esteja reposta.”

 

Hernâni Martins, Relações Públicas do Comando Territorial de Bragança, não quis prestar declarações gravadas mas afima que “o projeto Escola Segura continua a existir, sendo que, o policiamento está a ser cumprido dentro da normalidade, podendo haver alguns dias em que o militar seja destacado para outro serviço”, mas garantindo que “as condições de segurança continuam asseguradas”.

O programa “Escola Segura”, cumpre funções das secções de proteção criminal e policiamento comunitário, e visa a proteção e apoio junto às escolas, englobando ainda ações e palestras de esclarecimento junto da comunidade escolar.

 

Escrito por ONDA LIVRE

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