Escrito por: Lídia Martins, Rádio Onda Livre (CIR)
“Qualidade a mais e sangue a menos”!
É com estas palavras que Rui Vilarinho descreve o empate do Macedo de Cavaleiros este Domingo por 2-2.
Um jogo para a jornada 18 da II Divisão Zona Norte com o Clube Atlético a não conseguir vencer em casa o Camacha da Madeira.
O Macedo inicia o marcador aos 19 minutos do primeiro tempo por Torry, o empate do adversário chega por uma grande penalidade ao minuto 27 da primeira parte.
No segundo tempo, aos 16 minutos, André Rateira faz o 2-1 e o Camacha iguala o marcador decorridos 39 minutos da segunda parte.
O técnico, Rui Vilarinho sai insatisfeito da partida e refere que faltou ambição e determinação aos seus jogadores.
“Tivemos maior caudal ofensivo, mas jogámos contra uma equipa de jogadores briosos, de grande qualidade, que há quatro meses não sabem o que é receber um ordenado, que vieram às cinco da manhã da Madeira, que almoçaram à pressa e vieram jogar. É um facto que não tiveram oportunidade de golo. É um facto que foi um penalty. É um facto que foi uma segunda bola de um pontapé de canto. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Revelamos falta de determinação e convicção e vamos ter que reunir, vamos ter que conversar: equipa técnica, direção e jogadores. Se calhar, se não recebermos, a motivação é maior. O adversário leva daqui um ponto, merecido para eles. É a melhor equipa que já tivemos, mas acho que temos qualidade a mais e sangue a menos”.
Rui Vilarinho pede desculpa aos adeptos e diz que este empate é mais positivo para a equipa que não recebe há quatro meses.
E deixa a hipótese de que caso os seus atletas não recebessem salário no final do mês talvez jogassem com maior ambição.
“O Camacha não recebe há quatro meses e mostrou-se uma equipa compacta, solidária. Tivemos mais oportunidades e não conseguimos vencer o jogo. E, não conseguimos porque revelámos (e há já algum tempo) alguma falta de ambição. Como está na moda os clubes não pagarem atempadamente terá de nos acontecer isso a nós para sentir as dificuldades que as outras equipas têm. Não conseguimos marcar e sofremos dois golos de bola parada. Dos golos que temos sofrido lamentavelmente tem sido assim.”
O treinador do Clube Atlético sublinha que é preciso reunir e alisar a prestação do clube.
E considera este campeonato muito rigoroso.
“A culpa é de todos. A equipa técnica é a principal visada, como em todo o lado. Precisamos de sentir mais dificuldades para jogar bem. Temos muito golo sofrido para a (pseudo)qualidade que temos. Este campeonato é muito rigoroso, difícil e estamos mais perto de descer do que de não descer. Há fatores que são determinantes no futebol, não temos sido muito felizes nesses fatores, que são secundários ao jogo, mas aguardo melhores dias”.
Vilarinho não confirma nem desmente a saída do defesa Cláudio do Macedo para a liga angolana.
Por sua vez o técnico da Camacha, José Barros diz que este resultado é um prémio merecido para os seus jogadores e sai satisfeito com este empate.
“Um adversário muito difícil, muito bem organizado. Foi um empate muito bom para nós, que premeia aquilo que temos andado a fazer. Quero dar os parabéns aos meus jogadores, pelo empenho. Conseguimos sair daqui com um ponto, o que é bom para nós. Já fomos infelizes noutras ocasiões, agora fomos felizes e o empate acaba por ser valioso para nós.”
O Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros a não conseguir uma vitória para a jornada 18 da II Divisão Zona Norte, e a ficar por um empate a duas bolas frente à equipa madeirense, a Camacha.
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