A empresa anglo-australiana Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo.
Fonte próxima das negociações disse à Agência Lusa que as conversações terminaram na semana passada depois de a MTI, que detém os direitos de concessão das minas de Moncorvo até 2070, “não ter conseguido provar junto da Rio Tinto que o projeto era viável e rentável”.
Este desfecho colocou assim em causa um projeto de exploração de ferro com um investimento superior a mil milhões de euros em Moncorvo e a criação de 1220 postos de trabalho diretos e indiretos.
O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo diz que é uma notícia negativa para o concelho, embora ainda não tenha informação oficial da decisão da Rio Tinto.
“Não tenho qualquer confirmação oficial da desistência. Mas sublinho que desde Outubro do ano passado tem saído inumeras notícias sobre este alegado intreresse e investimento da Rio Tinto e recordo que o Governo nunca confirmou, assim como a empresa, e chegou a dizer que não alimentamos especulações dos jornalistas portugueses”. “Assim, a única coisa que posso dizer é que a ser verdade é inegavelmente mau epor causa das minas foi posto em causa um parque eólico e agora nem parque nem minas”, sublinha o autarca.
Para além da incerteza do projeto, a decisão da Rio Tinto em abandonar Moncorvo teve também a ver com um plano de redução de custos e uma alteração na sua política de investimento que inclui o adiamento de novos projetos e a focalização do negócio na Austrália.
A tal prudência não é alheio o facto de a Rio Tinto ter registado no último exercício quebras nos lucros de quase 60 por cento.
Escrito por Ansiães (CIR)