Conclusão da Auto-estrada Transmontana não implica saída do Helicóptero do INEM

 

O presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros afirma que a conclusão das obras da Auto-estrada Transmontana não dita o juízo final para que o Helicóptero do INEM saia da cidade.

Esta seria uma das alegadas cláusulas patentes no protocolo assinado em 2007 entre o Governo e os municípios do distrito de Bragança.

O objetivo do meio de emergência é proporcionar uma resposta mais rápida e eficaz à população, e a sua localização em Macedo é para Beraldino Pinto uma mais-valia indiscutível.

 

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“A ligação com a rede viária, com o facto de estar o plano rodoviário concluído ou não, mesmo com as auto-estradas, este plano rodoviário, não fica concluída. Mas o que fica concluído já não é o plano rodoviário anterior, esse ainda está muito longe de ser finalizado com as estradas de âmbito inferior, com a ligações das sedes de concelho, há ainda muito trabalho em termos rodoviários a fazer”, conta. “Entendemos que são aspetos distintos, embora tenha sido sempre usado esse argumento, pelos responsáveis do projeto, ou da vinda do helicóptero, ou da ação politica de que seria por pouco tempo. Há muitos argumentos de parte-a-parte, o argumento da eficiência da operação noturna, há os argumentos dos tempos de voo, mas a verdade é que é sempre uma mais valia dispor de equipas médicas, dispor de meios de transporte rápido. Quanto mais perto melhor, e isso é indiscutível”, afirma o autarca.

 

 

De salientar, que é intenção do Instituto Nacional de Emergência Médico que a região Norte passe a dispor de apenas um helicóptero, situado em Vila Real.

Para o autarca é 100% justificável, Macedo de Cavaleiros ser uma das sedes do meio de emergência médica no país.

 

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“Muita gente interpretou assim, muitas vezes isso foi referido, até em combate político diziam que a instalação do helicóptero era uma vitória menor porque isso iria acontecer com a conclusão da Auto-estrada”, refere.

Beraldino Pinto diz que “não seria o meu entendimento, entendíamos que se continuaria a justificar a existência de dois helicópteros no Norte, mas principalmente que se justificaria um helicóptero na nossa zona, nós queremos em primeiro lugar marcar a defesa de serviços o mais próximo dos nossos munícipes, no distrito de Bragança mas especialmente em Macedo de Cavaleiros”, argumenta. “Para Macedo tinha a importância do socorro, tinha a importância também do serviço, das pessoas que estavam aqui a desenvolver atividade. Quando foi instalado aqui, foi porque a Câmara já tinha criado condições”, salienta o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros.

 

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela ainda não decidiu sobre a providência cautelar apresentada pelos doze municípios do distrito de Bragança há cerca de um mês, mas na passada quinta-feira lançaram um requerimento a pedir o “decretamento provisório” da suspensão da medida do INEM de retirar a aeronave de Macedo de Cavaleiros.

 

Escrito por Onda Livre