Os comerciantes da Feira Franca sugerem a realização do certame mais do que uma vez por mês.
De referir que a feira surge aos primeiros sábados de cada mês, e quem quer vender realça que deve ser alargada a sua periodicidade.
O Mercado Municipal é o espaço que acolhe a Feira Franca.
Os comerciantes queixam-se da falta de poder de compra, e nem a quadra natalícia abre o apetite para adquirir os produtos.
No entanto, enaltecem a oportunidade de mostrar o que produzem e sugerem a realização da Feira Franca mais que uma vez por mês.
“Há muita gente mas não estão para gastar dinheiro. Falta poder de compra às pessoas. Nem a época de Natal ajuda, em princípio ajudaria a vender o azeite, amêndoa, mas nem esses”, diz Deolinda Morais.
“Está a correr bem, podia estar a correr melhor. Temos a crise e apesar de se ver muita gente em termos de vendas está mais fraco. Nota-se que as coisas estão a ficar cada vez mais complicadas. É bom poder vir aqui, podermos mostrar o que temos, acho que isso já é muito importante. As pessoas vão conhecendo, não é de um dia para o outro que as coisas acontecem. Uma vez por mês é pouco, deveria ser feito com mais frequência”, realça, Joana Sousa.
Ainda assim, há quem sai satisfeito com o negócio na Feira Franca.
“Está a correr muito bem. Tenho muitas pessoas conhecidas que me vêm comprar mas de qualquer maneira, já vendi quase todos os presépios. É tudo feito por mim. Estas feiras são importantes para dar movimento a este espaço que estava a morrer. Em tempos de crise temos que ter um espaço para mostrar o que fazemos”, sublinha Natália Gomes.
“Hoje está a correr bem. Talvez por ter sido mais divulgado, há mais gente do que na feira de Novembro”, revela, Conceição Cruz.
Para impulsionar as vendas e dinamizar o Mercado Municipal, Maria Sousa solicita a realização semanal da Feira Franca.
“É preciso criar hábitos, eles não se criam sendo a feira apenas uma vez por mês, terá que ser uma vez por semana. Sendo uma vez por mês as pessoas esquecem-se e o hábito tem que ser uma coisa contínua, uma vez por semana seria o ideal. “Obrigar” as pessoas a vir ao mercado. Normalmente as pessoas fazem as compras para a semana ao sábado, ou seja, chega ao sábado e vai ao mercado, criar um hábito. Se for uma vez por mês as pessoas acabam por se esquecer. Acho ótimo a escolha do sítio para a realização destas feiras. Este espaço está completamente abandonado, degradado e é uma forma do reabilitar. É também uma forma de trazer mais pessoas ao mercado, as pessoas vêm para ver porque está diferente, porque tem coisas novas.”
Esta edição contou com a estreia da Rede Colaborativa Local que apresentaram um cabaz com diversos produtos.
O preço do cabaz é de 15 euros.
Uma ideia que reúne produtores locais que pretendem vender em conjunto, e que segundo Margarida Pires tem futuro.
“A associação colabora com os saquinhos ecológicos mas há outros cabazes em que colabora com o azeite aromatizado. O cabaz é composto por uma caixa decorativa que tem figos, tem uma compota de pimentos vermelhos, licor, um doce de figo e azeitonas. Tem também um panfleto a explicar o que é a rede colaborativa de produção local. Hoje ainda só estamos em projeto de divulgação deste cabaz. As pessoas só estão agora a conhecer o cabaz e acham uma ideia bastante interessante. Eu acho que é um projeto que tem futuro.”
A Feira Franca conta com produtos hortofrutícolas, vestuário, queijos, compota, licores e artesanato.
Este mês o certame repete-se no próximo sábado, dia 22 de Dezembro.
Escrito por Onda Livre