Macedenses tecem grandes elogios a António Joaquim Ferreira

 

Está marcado para hoje, às 15 horas, o velório do comendador António Joaquim Ferreira.

Um homem emblemático da cidade de Macedo de Cavaleiros que morreu aos 85 anos, vítima de doença prolongada.

“O Pescadinha”, como era respeitosamente conhecido foi autarca do PSD durante 20 anos, e deixou inúmeros feitos que elevaram o nome de Macedo de Cavaleiros.

Uma perda que deixa mais pobre todo o concelho, e muito sentida por todos os macedenses.

Que, aliás, o caraterizam como um homem determinado e amigo do povo.

 

Despedida  1 

“Foi um grande amigo. Eu tirava férias para o ajudar nas campanhas eleitorais. Era uma joia. Fizessem os que lá estão o que ele fez. Ele fez muito por Macedo, só foi pena os adjuntos dele não lhe darem o valor que ele tinha. Ele era um homem de muito valor.”

“Conheci-o em 63 quando vim para Macedo, eu sou de Coimbra. Quando vim para cá foi das primeiras pessoas a conhecer. Durante todo este tempo ficamos amigos. Apesar da diferença de políticas, a amizade não foi afetada. Ele foi um homem entregue à causa pública, antes e depois do 25 de Abril. Foi comandante dos bombeiros, teve uma participação muito grande com gente que lhe pedia favores e ele estava sempre pronto. Foi um homem virado para a comunidade.”

“Eu conheci muito bem o António Pescadinha. Foi meu comandante nos bombeiros, foi meu presidente no Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros. Foi um homem com H grande nesta terra. É pena que desapareça. São estas pessoas que fazem muita falta há nossa terra. Fez muito trabalho aqui. Trouxe para cá o Piaget, o hospital, trouxe para cá muita coisa. Tenho um grande orgulho deste meu presidente.”

 

Na hora da sua despedida, o comendador merece largos elogios vindos da Câmara Municipal pelo contributo que deu ao concelho macedense.

Quem trabalhou com António Ferreira, classifica-o como um homem de alma nobre, marcante nas suas relações humanas e que primava pela vontade em ajudar.

 

Despedida  2 

“Era uma pessoa simples, amigo do amigo, nunca prejudicou nenhum trabalhador. Ocupava o lugar dele como politico, não se intrometia em relação às chefias. Os trabalhadores para ele eram como filhos, como amigos. Ele era um pai para todos nós. Eu acho que eles nos via a todos como um pai e não como um presidente. Não olhava há parte política, era uma pessoa muito humana. Nessa altura eramos relativamente poucos trabalhadores, eramos como uma família.”

“Foi uma pessoa com quem me deu gosto trabalhar no tempo em que foi Presidente da Câmara. Ao longo dos anos que ele foi presidente, além das competências que lhe eram próprias do cargo, ele também ajudou as pessoas através de outros meios como indicando-lhes locais onde se deviam dirigir ou ele próprio fazia pedidos a interceder pela resolução dos problemas das pessoas junto de outras entidades.”

“Era uma pessoa muito humana, humilde e amiga de todos os funcionários. Trouxe para cá o Piaget, isso foi uma obra que toda a gente aplaudiu.”

 

Para o vice-presidente, Duarte Moreno, Macedo perdeu uma figura nacional e um homem de grande relevo para o concelho.

 

Despedida 3 

“Ele trabalhou com muito afinco a favor desta nossa terra. Foi um dinossauro. Esteve na vida autárquica durante 20 anos. Trouxe o Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros, o Piaget. Abriu novas frentes, novos arruamentos, ligou as nossas freguesias todas. É uma figura política nacional. Foi o fundador e participou na fundação da Associação Nacional de Municípios. Um homem com H grande, um homem que merece tudo aquilo que os macedenses lhe possam dar nesta hora da despedida.”

 

O concelho de Macedo de Cavaleiros está de luto pela perda do antigo autarca, António Joaquim Ferreira, que presidiu o município durante 20 anos.

As cerimónias fúnebres são hoje, às 15 horas.

 

Escrito por Onda Livre