Fernando Oliveira traça balanço de um mês de trabalho

 

Há um mês a chefiar os comandos técnicos do Grupo Desportivo Macedense, Fernando Oliveira traça um balanço difícil.

As vitórias teimam em não sorrir à formação de Macedo de Cavaleiros que, decorridas 16 jornadas continua de lanterna na mão.

Os ventos não sopram a favor, mas o técnico mantém a esperança de conseguir a manutenção do clube na II Divisão Nacional.

Esta é a sua primeira experiência enquanto técnico principal, Fernando Oliveira diz que não podia recusar este desafio proposto pela direção e explica porquê.


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“Tem sido um desafio difícil dada a conjuntura em que o clube se encontra e a posição na tabela classificativa mas ao mesmo tempo que é difícil é apetecível. Sinto que posso alterar alguma coisa, fazer com que o clube fique melhor e tentar (o que é muito difícil) mantê-lo na II divisão nacional. Em termos de trabalho, quer trabalho profissional como do clube, o que eu precisava menos era de trabalho. Dado o respeito e carinho que o clube sempre teve para comigo desde que estou em funções, senti que não podia virar as costas, que era a altura em que o clube mais precisava de mim e eu tinha que dar mais de mim para conseguir ajudar o clube. Foi com esse intuito que eu dei a mão ao clube e vou procurar fazer o melhor pelo mesmo.”

 

O Grupo Desportivo Macedense é um clube singular na região, que consegue manter todos os escalões de formação ativos.

Fernando Oliveira rasga elogios aos jogadores, que apesar de não serem remunerados, têm evidenciado empenho e vontade em dar a volta à onda de maus resultados.

 

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“Não nos podemos rever só na equipa sénior, há todo um trabalho por trás de uma estrutura que ajuda a que essa equipa sénior seja mais sólida. Tenho um grupo de atletas que são competitivos, gostam de vencer, esforçam-se nos treinos para melhorar e tem um caminho árduo pela frente. É uma equipa que em termos financeiros, neste momento, não está a ser remunerada, não tem qualquer ajuda e isso faz com que a relação de compromisso não seja a que deveria ser mas neste momento não me posso queixar disso. Os atletas têm dado o melhor de si, a direção tem ajudado no que pode, tem feito o possível e impossível para ter a situação do clube estabilizada. Compete-nos a nós dentro do campo contrariar todas as dificuldades que temos e quando vamos para dentro do campo não adianta levar os problemas porque o jogo começa 0-0, são cinco contra cinco mais cinco de fora, a bola é redonda e nós também podemos ganhar.”

 

O técnico sustenta que importa potenciar o valor individual dos jogadores para o trabalho de grupo ser afirmado.

 

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“O atleta só será valorizado individualmente se o trabalho de grupo for conseguido, não há nenhum atleta que consiga valorizar-se a si unicamente se a equipa não render. Espero coletivamente e desportivamente que o Macedense comece a vencer, depois é tudo muito mais fácil. Os valores individuais vão nascendo, aparecendo e vai ser sempre reconhecido, se não conseguirmos atingir esses objetivos de nada adianta ter um atleta que se evidencia um bocadinho porque será sempre o melhor dos piores e eu prefiro estar na outra parte, ser o pior dos melhores.”

 

Palavras de Fernando Oliveira após um mês enquanto líder da equipa técnica do Grupo Desportivo Macedense.

 

Escrito por Onda Livre