Promover uma sociedade mais justa e equilibrada tendo em vista a igualdade de géneros.
Esta foi a principal missão do projeto Novas Mentalidades – Igualdade de Género desenvolvido no Município de Macedo de Cavaleiros.
Uma iniciativa que ao longo de 2012 consolidou uma maior justiça social através da conjugação de diversas formações, que visaram o crescimento e a competitividade no local de trabalho.
O projeto Novas Mentalidades envolveu cerca de 80 por cento dos funcionários da autarquia, e segundo a coordenadora, Emília Costa este é o princípio de uma mudança de pensamento na administração local.
“De todos os funcionários da autarquia participaram 80%. Eu acho que foram vividas com entusiamo, houve vontade de participar. Estas coisas da mentalidade no âmbito cultural são coisas que se vão fazendo com o tempo e aos poucos. Não podemos pensar só porque há um projeto, uma ação, no outro dia já é tudo diferente. Isto é um iniciar, alguma coisa já se falou e já há alguma sensibilidade para ver várias coisas de outra forma.”
Uma iniciativa que mereceu uma boa aceitação por parte dos funcionários da câmara municipal e sustentada pela vereadora da cultura, Sílvia Garcia.
“Tivemos uma boa adesão quer de funcionários quer de outras instituições porque nós fomos abrindo a possibilidade de outras instituições e dos seus funcionários participarem em algumas ações que foram desenvolvidas no âmbito deste projeto. Acho que funcionou muitíssimo bem, não temos nenhuma atividade em que o público feminino aderiu mais que o masculino, ou vice-versa, aderiram todos de uma forma geral. Acabou por ser benéfico para quem participou porque são momentos de reflexão, de partilha e que nos levam sempre a algum lado, das quais nós podemos tirar algumas conclusões e ir mudando a nossa forma de estar e a nossa mentalidade.”
Sílvia Garcia enfatiza que no município macedense não existe desigualdade de géneros.
“Felizmente na nossa autarquia existem alguns departamentos em que notamos uma permanência superior quer de mulheres, quer de homens, depende das áreas isso ainda acontece por todo Portugal mas penso que as pessoas já começam a ter a noção que não há um emprego direcionado para o homem nem para a mulher. Tentamos lá dentro, pelo menos, divulgar tudo aquilo que quer o pai quer a mãe tem direito e os nossos funcionários já usufruem dos seus direitos. ”
Ao longo de 2012 foram diagnosticadas as forças e fraquezas vividas no domínio da igualdade de género no poder local e capacitá-lo para uma maior capacidade de resposta nas diversas vertentes humanas e sociais, como refere Rosa Oliveira, técnica da Delegação do Norte da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. (CIG)
“A importância da igualdade de géneros no poder local é, por um lado, ir de encontro às necessidades, saber o que o município tem e o passo foi dado. A partir do projeto fazer o diagnóstico da realidade, conhecer para intervir. A nossa função aqui é podermos fazer um melhor serviço público, é importante sabermos que respostas há se surge uma situação no município na área da violência e em outras áreas, que se saiba que respostas há e que se não temos essa resposta implementá-la. No fundo o projeto é fazer o diagnóstico para sabermos como podemos intervir sem que a pessoa tenha que se deslocar para ir a outro concelho, a outra instituição. Pode ter essa resposta no município.”
Declarações à margem do Seminário final do Projeto Novas Mentalidades que foi implementado na câmara municipal de Macedo de Cavaleiros ao longo do último ano.
Escrito por Onda Livre