O que salva a escola, é saber qual o rumo que deve seguir.
A afirmação é do diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, que surge como uma crítica à sucessiva mudança de normas e Governos.
Paulo Dias usa uma expressão de Licínio Lima, utilizada numa das suas obras sobre políticas educativas, em que expressa que, “a escola vive com base nas infidelidades normativas”.
Palavras validadas pelo responsável pela educação pública em Macedo de Cavaleiros.
“O que salva a escola é que ela tem um rumo que sabe qual é, independentemente das mudanças governamentais e das reorientações que os ministérios vão fazendo.
“Um estudioso, Licínio Lima, diz que “a escola vive com base nas infidelidades normativas”, ou seja, a escola vai contornando, interpretando e vai levando a bom caminho o seu trabalho, muitas vezes ultrapassando, não desrespeitando mas ultrapassando a lei. Esse estar da escola é que tem garantido a estabilidade do sistema educativo porque à velocidade que os governos mudam, a legislação muda, se nós aplicássemos imediatamente todas as mudanças isto era um caos”, enfatiza o responsável.
Tutelada pelo Ministério da Educação, a escola deve ser uma instituição polivalente, assente nos domínios da formação cívica e humana.
Para Paulo Dias, a aposta deve recair na formação integral do aluno.
“Não podemos apostar numa linha meramente académica, não podemos olhar para os alunos como criaturas que chegam à escola para serem formatadas, temos que olhar para eles como seres humanos que vão fazendo opções ao longo dos cursos escolares e isso vai condicionar a opção final de vida deles”, realça.
“Acima de tudo queremos que durante esses 12 anos adquiram competências sociais, cientificas, tecnológicas, de relacionamento, saber estar na escola, em casa, no Mundo o que lhe vai permitir uma integração na vida ativa quando entrarem no mundo do trabalho. Hoje em dia, cada vez mais, apesar do ensino estar consignado à escola, a verdade é que somos o Ministério da Educação, não somos o ministério do ensino. A educação não é só ensinar, é muito mais”, elucida.
Palavras do responsável máximo pela educação pública no concelho de Macedo de Cavaleiros, que está há 12 anos na chefia das escolas.
Escrito por Onda Livre