PS fala em ausência de estratégia de desenvolvimento e executivo diz que “cego é aquele que não quer ver”

Cego é aquele que não quer ver.

É desta forma que o vice-presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros reage às críticas do Partido Socialista, após este acusar o atual executivo de ausência de estratégia de desenvolvimento.

Este foi um dos assuntos mais debatidos, ontem à noite, na Assembleia Municipal.

Duarte Moreno frisa que a estratégia assenta em dotar o concelho de meios que ofereçam qualidade de vida à população e enfatiza a aposta no turismo.

microfone

“É cego aquele que não quer ver. Nós implementamos uma estratégia que passou pela qualidade de vida de todos os macedenses, desde as aldeias até à cidade, no sentido de que a qualidade de vida fosse igual para todos.

Implementamos estratégias na área do turismo, e essa é a grande aposta, aposta essA que nós ganhamos e estamos a ganhar, o facto de termos uma praia que é uma das 7 maravilhas de Portugal, o facto de termos um grande potencial de investimento à volta do nosso concelho, temos seis hotéis para aprovação e estamos mesmo virados para o turismo”, destaca.

“O Geoparque é outra referência e é o chapéu para todas as atividades que desenvolvemos ao longo dos anos. Temos 180 quilómetros de percursos pedestre, 110 quilómetros de percursos de geossítios e tudo isto é turismo par Macedo de Cavaleiros”, expressa.

Na Assembleia Municipal foi também colocado a aprovação o Relatório de Contas de 2012.

Duarte Moreno salienta o trabalho desenvolvido na zona industrial, que tem cerca de 200 postos de trabalho e fala no passivo da autarquia que diz estar controlado.

microfone

 

“Há um caminho traçado ao desenvolvimento. A zona industrial que tem grande potencial pela localização estratégica e pelo número de empregos que cria e número de instalações que lá estão a laborar.

O exercício de 2012 traduz um equilíbrio orçamental, nós temos uma dívida controlada e a qual vamos pagar”, conclui.

O PS absteve-se na votação do Relatório de Contas de 2012.

O líder, Rui Vaz explica que a secção rosa não se revê nas políticas do atual executivo e classifica de débil a situação financeira do município.

 

microfone

 

“Dizemos que a abstenção tem a ver com o documento em si e com os números ao longo de todo o ano. Deixamos claro que não nos revemos na política seguida por este executivo, este documento reflete uma situação financeira extremamente débil da nossa autarquia, com uma dívida de médio e longo prazo e de curto prazo de cerca de 22 milhões de euros, o que é significativo para um município desta dimensão.

“E quando falamos num total e passivo de 31 milhões e 300 mil euros é o reflexo de uma política implementada por este executivo e na qual nós não nos revemos minimamente”, realça.

Rui Vaz diz que basta olhar para Macedo para perceber o tipo de estratégia implementada pelo executivo liderado por Beraldino Pinto, ao longo dos 12 anos de mandato.

microfone

 

“Não concordamos com a estratégia do executivo e fizemos questão e o manifestar na nossa declaração de voto.

Basta olhar para Macedo, qual estratégia foi esta que hoje temos uma cidade deserta, as pessoas não andam alegres, temos uma atividade económica enfraquecida e tudo isto resulta de uma estratégia implementada ao longo destes 12 anos”, sublinha.

O relatório de Contas referente ao ano de 2012 foi aprovado com 51 votos favoráveis e 20 abstenções, 18 do PS, uma do BE e outra abstenção da CDU.

Refira-se que nesta Assembleia Municipal foi ainda prestado um voto de pesar pela morte de Alfredo Vaz, antigo presidente da Junta de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Onda Livre