Taxa de incidência do AVC diminui no distrito de Bragança

 

A taxa de incidência do Acidente Vascular Cerebral está a diminuir no distrito de Bragança.

Ainda assim, dão entrada anualmente nos hospitais do distrito cerca de 500 pessoas vítimas de AVC.

Os números são referentes a um estudo realizado entre 2009 e 2011 e que continuam a alarmar os responsáveis pela saúde do Nordeste Transmontano.

E numa região envelhecida, a idade avançada continua a ser o principal fator de risco de um Acidente Vascular Cerebral.

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“Todo este trabalho que temos vindo a fazer de campanhas de sensibilização parece-me que as coisas estão um bocadinho melhor, ainda não são dados concretos mas tudo indica que a taxa de incidência do AVC na zona norte está a melhorar, está a diminuir. No distrito de Bragança com a emigração das pessoas mais jovens acaba por deixar muita gente envelhecida. Essa percentagem de pessoas com idade avançada é muito alta sendo esse o principal fator de risco para o AVC e por isso temos estes resultados. O AVC não escolhe idade, pode acontecer desde o nascimento até às idades mais avançadas mas o que é certo é que sabemos que com o envelhecimento esse risco aumenta significativamente, a partir dos 65 anos de idade aproximadamente é quando há um pico maior.”

A Unidade Local de Saúde do Nordeste abrange uma área total de 143 mil habitantes.

Meio milhar de novos casos de AVC por ano são para o médico e coordenador da Unidade de AVC da ULS Nordeste, números alarmantes.

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“No nosso distrito temos cerca de 136 mil habitantes, mais cerca de 7400 que residem no concelho de Vila Nova de Foz Coa que não pertence ao nosso distrito mas pertence à área de influência da ULS Nordeste. Nesse total de 143 mil habitantes temos um número de 500 AVC’s por ano o que é assustador, é como uma aldeia ficar dizimada por AVC’s todos os anos”, explica o médico.

Apesar da intervenção que foi feita na Unidade de AVC do Hospital de Macedo de Cavaleiros, Jorge Poço diz que a capacidade de resposta ainda é insuficiente.

Mantiveram-se as oito camas disponíveis.

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“Parecem números algo estranhos mas são verdade porque parte deles passam pela nossa unidade de AVC, muitos ficam no Hospital de Mirandela e de Bragança. Nós em Macedo de Cavaleiros recebemos menos de 50% dos AVC’s porque não temos capacidade de resposta para todos.”

A Unidade de AVC sediada no Hospital de Macedo de Cavaleiros acolhe cerca de 170 doentes por ano.

 

Escrito por Onda Livre