A Albufeira do Azibo, em Macedo de Cavaleiros ditou como campeões nacionais de Voleibol de Praia, a dupla masculina de Januário Alvar e Fabrício Barros.
Os atletas surpreenderam no areal da Praia da Ribeira ao levar a melhor sobre a experiente dupla, Rosas e Simões.
No final os atletas admitem as dificuldades que enfrentaram para conquistar o título de campeões.
Uma final brilhante, mas muito equilibrada, como refere Fabrício Barros.
“Foi muito difícil mas foi bom porque a final foi forte, o que o publico quer são jogos difíceis. Criaram dificuldades na nossa receção porque tinham um serviço muito bom, não conseguíamos virar a bola mas depois conseguimos arranjar. Foi uma dupla muito boa, é uma dupla de qualidade, já os conhecíamos, treinamos com eles e foi muito difícil. Aparentemente quem está de fora pensa que é fácil mas lá dentro eles dificultaram muito.”
Há três anos em busca do título de Campeões Nacional de Voleibol de Praia, foi este o ano da consagração.
No final, Januário Alvar expressou a emoção que sentiu com esta conquista.
“Foi um torneio muito difícil desde o início, jogos muito complicados desde o princípio. Nós não tivemos as etapas todas, saltamos duas etapas, viemos com menos pontos e por isso tivemos que lutar desde o início. Não tivemos jogos acessíveis. É bom, estamos de parabéns. No fim de três anos a tentar, há terceira foi de vez, já merecíamos.”
Os tricampeões nacionais, Roberto Reis e Kibinho foram eliminados pela dupla Rosas e Simões, no jogo de apuramento para as meias-finais.
No que respeita às competições femininas, Juliana Rosas e Ana Freches recuperaram o título que deixaram escapar na última edição para Raquel Lacerda e Joana Vasconcelos.
A dupla conquistou este domingo o terceiro título coletivo.
“Foi sofrida. Entramos mal no jogo, não aplicamos a nossa estratégia e tivemos que correr atrás do prejuízo. Felizmente correu muito bem, foi o espelho da brilhante época que fizemos. Vencemos as etapas todas e queríamos vir a Macedo conquistar novamente o nosso título, já o tínhamos conquistado cá há dois e há três anos. Foi fantástico, estamos mesmo muito contentes. Jogamos com as ex-campeãs nas meias-finais, elas jogaram a final contra a Tânia e a Joana Resende, cruzaram-se connosco na meia-final, de manhã conseguimos vence-las e agora conseguimos novamente.”
Juliana Rosas fala nas despesas que este tipo de competições acarreta.
A atleta que anseia por uma prova olímpica, lança um apelo para mais apoios chegarem à modalidade.
“Nós gostávamos de apelar a quem gosta deste desporto para apostar no voleibol de praia porque é o desporto de eleição de verão. Vemos imensos sítios bonitos como Macedo de Cavaleiros. Queria que nos apoiassem também para, quem sabe, um apuramento olímpico. Temos consciência que não é fácil visto que não somos profissionais de voleibol mas temos condições para tal e se tivéssemos apoios talvez pudéssemos tornar o sonho realidade. Infelizmente neste momento é impossível, não conseguimos descobrir patrocinadores para o circuito nacional muito menos para um mundial onde estamos a falar de um orçamento de 26 mil euros, é muito complicado.”
Decorreram este fim-de-semana as finais do Campeonato Nacional de Voleibol de Praia, na Albufeira do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, pelo quarto ano consecutivo.
Em séniores, ao pódio subiram a dupla masculina de Januário Alvar e Fabrício Barros e em femininos as atuais detentoras do título de Campeãs Nacionais são Ana Freches e Juliana Rosas.
Escrito por Onda Livre