Uma viagem pelos fenómenos geológicos de Macedo de Cavaleiros

Uma viagem pelos fenómenos geológicos de Macedo de Cavaleiros

As características singulares da geologia de Macedo de Cavaleiros levaram este fim-de-semana cerca de meia centena de pessoas, a realizar uma viagem ao interior do território macedense.

O percurso da Rota Geológica do Geoparque Terras de Cavaleiros passou por pontos singulares do concelho, como o Monte de Morais, a falha da Vilariça e a Fraga da Pegada.

De Viseu vieram Angelina Norte e Fátima Dina, que ficaram fascinadas com a descontinuidade existente entre a crosta continental e a crosta oceânica, um fenómeno geológico em que o epicentro é o Maciço de Morais.

 

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“Achei muito interessante do ponto de vista científico. Os geólogos que nos acompanharam são excelentes e foi ótimo. Para quem tem que explicar algumas destas coisas, é muito importante”, refere.

“Gostei de ver as descontinuidades entre a crosta oceânica e a crosta continental. Até porque temos a ideia que estas coisas só acontecem em profundidade, e aqui tivemos a oportunidade de ver que é à superfície”, explica.

O Coordenador Cientifico do projeto Geoparque, Diamantino Pereira explica o trajeto que foi feito durante o fim-de-semana.

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Fizemos um trajeto ao longo de vários geossítios, são 42 e escolhemos alguns para este fim-de-semana. As pessoas que se inscrevem nestas ações é porque tem interesse em aprender algo e essa é a função do Geoparque Terras de Cavaleiros: proporcionar às pessoas conhecimento sobre geologia”, expressa.

Únicos e exóticos.

É assim que o formador e docente na Universidade do Minho, classifica os geossítios do Geoparque Terras de Cavaleiros

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“Temos uma geologia fabulosa e exótica, que não são nada comuns nem na Península Ibéria nem em todo o mundo. Conseguimos ver rochas de fundo oceânico, sedimentos de sistemas fluviais que antecederam o sistema fluvial do Douro.

“E é mostrando a realidade no terreno e documentando essas histórias, que se aprende, porque as pessoas tem muitas vezes acesso aos livros mas não tem contacto com a realidade e assim conseguem montar melhor o puzzle”, refere o formador.

Cerca de 50 pessoas realizaram ao longo de 110 quilómetros uma busca pelos fenómenos naturais e singulares, patentes pelo vasto território que engloba o concelho.

Uma iniciativa inserida no âmbito do programa de Ciência Viva.

Escrito por Onda Livre 

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