Vimioso inaugurou ontem o arquivo municipal.
A obra resultou da requalificação da antiga escola primária da vila.
A intervenção inclui também o arranjo de um largo. O vice-presidente da câmara considera que era uma obra necessária.
“O arquivo é extremamente importante porque nós dispomos de muita documentação valiosa que tem estado arquivada na biblioteca municipal mas em condições que não são as melhores para a conservação de documentos seculares”, refere Jorge Fidalgo, acrescentando que também “foi requalificado o largo que é o coração de Vimioso tornando-o num espaço mais aprazível e acolhedor”.
Esta intervenção custou 830 mil euros financiada em 85% por fundos comunitários.
O gestor do Programa Operacional do Norte elogia o município pelo desempenho na execução dos trabalhos apoiados por Bruxelas.“Vimioso é daqueles municípios que tem executado física e financeiramente os investimentos apoiados pelo ON2 dentro dos timings previstos e com uma execução abaixo da estimativa inicial”, revela Carlos Duarte, salientando que “há rigor na gestão e utilização dos dinheiros públicos”.
Nos últimos anos, o concelho de Vimioso recebeu cerca de seis milhões de euros da União Europeia para investir em equipamentos.
Mas esta intervenção na antiga escola primária permitiu conhecer melhor a história da vila de Vimioso, uma vez que pôs a descoberto parte da torre do castelo que ali existiu.“Foram encontradas as ruínas do castelo que tinha sido destruído em 1762. Encontrámos a torre e a reformulação, bem como a adaptação interior do castelo a residência”, explica o investigador da faculdade de Letras da Universidade de Porto, Brochado de Almeida. “Com a sua destruição deixou de ter serventia militar e foi abandonado e foi entregue à câmara municipal que aproveitou para cemitério”.
O resultado das escavações foi publicado num livro que também foi lançado ontem durante a inauguração do arquivo municipal.
Escrito por Brigantia (CIR)