Petição pelo helicóptero do INEM segue para a Assembleia da Republica

Em apenas três dias a petição pública que foi colocada na internet pela permanência do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros superou o número de assinaturas necessárias para a fazer chegar à Assembleia da Republica.

A ideia da petição foi revelada no sábado à noite no decurso de mais um protesto pela manutenção da aeronave no distrito de Bragança.

A petição pública, posta a circular no sítios das petições na Internet, reuniu as quatro mil assinaturas necessárias para ser discutida em plenário no Parlamento. O documento contabilizava hoje mais de cinco mil assinaturas e será enviado, esta quinta-feira, via Internet, à Comissão Parlamentar das Petições Públicas, no sítio da Assembleia da República.

A petição advoga que “o helicóptero deve estar perto de uma população idosa e isolada que sobrevive em localidades semidesérticas”, referindo que este meio “leva ao local equipas médicas, equipamento médico com a possibilidade de aterrar em todos terrenos o mais perto possível das ocorrências, com rapidez e disponibilidade”. “Quem ousará dizer a um idoso ou um jovem com um enfarte grave ou AVC que dez minutos é igual a 45 minutos?”, são algumas das questões colocadas pelos dinamizadores da petição pública.

Os promotores sustentam que “demasiados centros de saúde foram encerrados durante a noite, como se os transmontanos só pudessem adoecer de dia”, que “os hospitais ficaram vazios de serviços” e que o meio aéreo foi colocado na região, em 2010, para compensar esses encerramentos, bem como para ultrapassar as distâncias enormes que existem dentro do distrito”.

 “Em regiões de grande extensão, com poucas unidades de saúde e nos quais o socorro pré-hospitalar é escasso ou pouco eficaz, o helicóptero é sem dúvida o meio de eleição”, lê-se na petição, citando o Manual do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica.

O movimento que tem promovido as manifestações nas redes sociais desde que foi conhecida, há um ano, a intenção do INEM de relocalizar o helicóptero para Vila Real para servir toda a região Norte.

A reorganização foi travada por uma providência cautelar interposta pelos 12 presidentes de câmara do distrito de Bragança, recentemente revogada.
Os autarcas avançaram com um novo processo judicial, em forma de ação popular, do qual aguardam ainda a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela.

Escrito por Onda Livre