As cantinas sociais de Bragança, Mirandela e Mogadouro são as que têm registado maior procura.
As instituições estão a chegar ao limite do número de refeições contratualizadas com a Segurança Social, com o aumento do número de famílias a pedir ajuda para comer.
O director regional da Segurança Social de Bragança garante que estas situações estão a ser acompanhadas. Martinho do Nascimento diz que a nível distrital a capacidade ao nível das cantinas sociais ainda está longe de ser esgotada, mas admite aumentar a capacidade sempre que necessário.
“No distrito de Bragança, dos 18 protocolos que temos a nível de cantinas sociais, não temos de facto esgotada a capacidade instalada. Portanto, neste momento ainda há folga suficiente para contratualizar com as IPSS`s ainda mais. Provavelmente iremos reforçar as cantinas sociais referentes às zonas de Bragança, Mirandela e Mogadouro, onde estão a atingir o máximo. Mas de resto não atingiu ainda a capacidade máxima instalada”, salienta o responsável. Martinho do Nascimento adianta que o número de refeições protocoladas é revisto de acordo com as avaliações trimestrais efectuadas pela Segurança Social.“Neste momento a grande maioria está entre as 65 e as 80 refeições. Nós ainda temos a possibilidade de as contratualizar com 100. Iremos fazer isso para aquelas que neste momento esgotaram a sua capacidade. Mas isso pode e deve ser feito em função da transferência de outras que não têm a capacidade esgotada e até se verificou uma redução numa avaliação anterior”, realça Martinho do Nascimento. Em Bragança, a Santa Casa da Misericórdia é uma das instituições que aderiu ao Programa de Emergência Alimentar. O provedor, Eleutério Alves, garante que o número de pedidos tem vindo a aumentar.“Aderimos em Julho, com capacidade para fornecimento de 70 refeições e vamos protocolar para 100 refeições diárias. Neste momento já estamos a ultrapassar as 70 refeições. Fornecemos refeições famílias completas”, realça o provedor.
Também a Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança tem dado de comer a um maior número de pessoas. O presidente da instituição, Alcídio Castanheira, constata que a maioria dos pedidos de ajuda chegam de pessoas que perderam o emprego.“Nós temos 65 vagas para cantina social, mas normalmente temos sempre mais pessoas a usufruírem deste serviço. E na questão do refeitório social, também com 100 vagas, normalmente temos mais gente. Há sempre uma flutuação para mais, porque os utentes da cantina social são pessoas que ficaram sem emprego, a vida mudou de um momento para o outro e nós tivemos que apoiar de imediato”, afirma Alcídio Castanheira.
A Segurança Social pretende reforçar a contratualização do número de refeições com as instituições que têm registado uma maior procura já no início do próximo ano.
Escrito por Brigantia (CIR)