Vila Flor sadio e a lutar pela permanência

 

 

O Clube Desportivo de Vila Flor tem feito uma temporada dentro do esperado neste Campeonato Nacional de Seniores, e acredita na manutenção.

Quem o diz é André Morais, o jovem presidente o clube, rosto de um Vila Flor que se tem vindo a reinventar. Com 31 anos, está pela segunda vez na presidência do Sport Clube de Vila Flor, clube da terra do qual é natural.

 

microfone

 

“O mais difícil é a permanência no primeiro ano. Se conseguirmos não descer este ano, daqui para a frente será claramente mais fácil.

Este ano começámos um trabalho de base, reformulámos tudo – o plantel e a estrutura do clube.

Para o ano já não vamos ter que passar por esse processo. A máquina está montada, é só dar-lhe mais um bocadinho de óleo. Manter toda a estrutura e levar convenientemente, em todos os serviços, não só nos desportivos.

O mais difícil era chegar lá. Se nos conseguirmos manter, passamos até a ser olhados pelos adversários como uma equipa de 2ª divisão, e não como uma dos distritais, que veio a passeio.

Sabíamos que íamos andar na cauda da tabela, e lutar pela permanência.

A segunda volta é a que conta verdadeiramente. Agora os pontos da primeira fase são reduzidos para metade, por isso, por pior que estejamos agora classificados, contas feitas, estamos a 2 pontos da permanência.”

O presidente assegura que haverá eleições para a Comissão Administrativa já em Maio do próximo ano.

A saída, após o fechar de um ciclo, que foi a conquista da subida de divisão, é uma hipótese em cima da mesa. No entanto André Morais afirma que, se até lá os resultados não forem os melhores, a direção não irá voltar as costas ao clube.

 

microfone

 

 

“Seguramente estarão para breve eleições da Comissão Administrativa.

Estamos mandatados para sair do clube até Maio, data onde vão abrir eleições.

Há aqui 2 premissas. A primeira diz respeito aos resultados desportivos. Se a equipa de seniores se mantiver no Campeonato Nacional, acho que é uma boa oportunidade para esta direção sair, porque deixa o clube onde ele deve estar e sem qualquer tipo de dívida.

Se o clube descer de divisão, não vamos voltar as costas num momento difícil, e vamos ter que assegurar o regresso aos nacionais. “

Dentro de um orçamento reduzido, André Morais explica que é difícil definir prioridades e “repartir o mal pelas aldeias”, de forma a satisfazer toda a gente.

Atualmente com diversos escalões e com a modalidade de futsal, é a equipa sénior do Campeonato Nacional que consome mais recursos, também pelo maior impacto que consegue junto da massa associativa e da indústria cultural.

 

microfone

 

 

“É natural que todos os treinadores tentem puxar para o seu escalão, em detrimento dos outros.

A nós, direção, cabe-nos equilibrar isso, tentar agradar a todos, e fazer perceber que há coisas mais importantes do que outras.

A formação é importante, o futebol sénior é importante, cada um na sua medida.

Obviamente naquilo que é a projeção do clube e da marca Vila Flor, a equipa sénior, que compete no escalão nacional, necessita de outro tipo de organização. Carece de mais atenção.

Não é nada fácil equilibrar as coisas e “repartir o mal pelas aldeias” e agradar a toda a gente.

Depois os resultados desportivos também ajudam a fazer a nossa própria arquitetação de importância, e perceber quem são as equipas que merecem, justificam ou precisam mais apoio”

Um clube que vive essencialmente do amor à modalidade e à região, e cujo trabalho tem vindo a dar frutos, com a prestação de provas por parte de 2 atletas para ingressarem no Sporting.

O Vila Flor permanece em último na tabela classificativa do Campeonato Nacional de Seniores, na série C. Soma os mesmos 6 pontos, após a derrota em casa do Perafita por 1 bola a 0 no domingo passado, e quando faltam 2 jornadas para a pausa antes do início da segunda volta.

Escrito por ONDA LIVRE