A aldeia de Castelãos, no concelho de Macedo de Cavaleiros, acolheu no passado sábado uma montaria ao javali.
Após uma pausa prolongada, desde 2006, este foi o ano que marcou o regresso de Castelãos à rota das montarias.
Carlos Matos, presidente a Associação Recreativa de Castelãos, foi o grande impulsionador deste regresso, após verificar que a população de javalis na mancha de caça era muito elevada.
“Em novembro, numa propriedade minha, verifiquei muitos vestígios de javalis.
Por isso pensei que era altura de fazer novamente a montaria.
Foi algo só para experimentar, digamos assim, mas agora acho que devia ter tido mais matilhas e mais caçadores.
Superou muito as expetativas, porque, como lhe disse, foi um teste.”
Estiveram presentes 80 armas e quatro matilhas. Foram abatidos oitos animais.
Carlos Matos diz que as batidas ao javali, mais do que um ato social, são também uma forma de controlar o número de animais, que prejudicam a agricultura.
“Se não houver uma prevenção. Porque se nós não matássemos os javalis, esta espécie reproduz-se muito, e teríamos de indemnizar todos os agricultores aqui da zona.
Como sabe, uma associação tem a obrigação de zelar pelos campos e pelos prejuízos que os animais nos dão.
Se não fizermos montarias de vez em quando, isto é uma loucura. É uma praga como os coelhos nos Açores.”
Carlos Reis, natural de Castelãos e caçador há muitos anos, não matou nenhum javali desta vez, mas estava agradado com a iniciativa e com o convívio.
“Vim pelas duas coisas. Pelo convívio e pelo gosto pela caça.
Este regresso foi bom. Dizem os matilheiros que presenciaram muitos javalis.”
Castelãos a fazer novamente parte da rota das montarias, onde este sábado foram abatidos 8 javalis.
Escrito por ONDA LIVRE