Geoparque quer dar a conhecer ao mundo as Terras de Cavaleiros

O Geoparque Terras de Cavaleiros é um motor de desenvolvimento turístico, criação de emprego e geração de riqueza.

Através das potencialidades naturais o território é o principal responsável por atrair turistas e investidores à região.

No Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros decorreu o seminário intitulado “GEOTURISMO: motor de desenvolvimento territorial”, onde um grupo de oradores ligados à área enalteceu as principais valias de pertencer a um Geoparque.

Artur Sá, docente na UTAD esclareceu os presentes sobre o conceito de Geoturismo como uma forma diferenciadora de vivenciar a essência do território e de criar no turista uma vontade indomável de regressar.

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“Nós temos que olhar para o território como um todo. A paisagem do território depende das rochas que lá estão, depende do clima que lá existe, os solos desses territórios, consequentemente, a produção agrícola e a restante biodiversidade depende dessa geologia. Mas o geoturismo é a essência do território.

É aquilo a que os americanos chamam “o sentido de lugar”. Porque eles vêm cá, e aqui é diferente. É diferente de Bragança, de Vila Real e é diferente do Algarve… E, portanto, levam daqui esta experiência que os vai marcar, que vai fazer com que depois se recordem.

E, sendo bem recebidos, e bem-tratados, tenham, não só vontade de voltar, como também de trazer os que lhes são mais próximos, mais queridos, para que possam usufruir também desse sentir do território.”

 

O património cultural, natural, gastronómico ou de lazer é o grande pilar singular da região para atrair turistas

Artur Sá sustenta que se deve olhar para o território como uma “banda larga”.

 

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“Aí entra a geologia, a biologia, o património natural, mas entra o património cultural. Também o material, com os monumentos e os museus, como o imaterial, a cultura de um povo. Aquilo que são as suas vivências, que são os seus saberes ancestrais, e que hoje servem de moldem, que modelam, aquilo que é a realidade do território. Isso é que é o produto diferenciador.

Quando falamos de turismo, como eu disse na minha intervenção, falamos de negócio, de dinheiro. Devemos ter uma utilização de banda larga, permitam-me a utilização da expressão, para englobarmos tudo numa perspetiva holística de abordagem ao território.”

 

A responsável pelo pelouro da cultura, Helena Magalhães frisa que é preciso dar a conhecer ao mundo o território de Terras de Cavaleiros como um impulsionador de sinergias.

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“Eu acredito mesmo que este seja um projeto integrado e integrador. Que projete a imagem de Macedo de Cavaleiros mais longe, e que dê a conhecer ao mundo as mais-valias que temos aqui, em termos de gastronomia, em termos museológicos e produtos locais.

Acho que temos aqui um território com mais-valias e potencialidades enormes. Temos que acreditar que somos uma terra de excelência. O que precisamos agora é de tentar vender essa imagem ao mundo, dar-nos a conhecer, e criarmos sinergias, numa perspetiva de cooperação e de união de esforços.”

Um grupo de oradores com grande experiência debateu o Geoturismo no âmbito da candidatura do Geoparque Terras de Cavaleiros à Rede Europeia de Geoparques que será conhecida, em setembro na Conferência Global que terá lugar no Canadá.

Escrito por ONDA LIVRE