O GDM deixou fugir mais três pontos em casa, desta feita contra o Vila Pouca de Aguiar, por 5-9.
Assistiu-se a uma equipa apática e sem poder de movimentação, incapaz de se sobrepor ao visitante.
No final da partida, Costinha, treinador do Macedense, não ilibou a sua turma da derrota sofrida, naquilo que chamou o regresso dos fantasmas.
“Este jogo foi o regresso dos fantasmas.
Jogamos contra uma equipa que na primeira jornada não mostrou grandes argumentos, as que é combativa, e justifica o lugar onde está.
Nós fomos simplesmente muito maus. Simplesmente fomos uma equipa apática, sem soluções, que nem defendia nem atacava. Nos foras, ficava a olhar para o adversário, que punha a bola, que rematava e marcava golo. Uma equipa desorganizada. Queríamos ser individualistas e resolver as coisas no um para um, não puxamos o coletivo. Queríamos jogar parados, não corríamos.
Ou seja, hoje o GDM teve um minuto ou dois em que demonstrou alguma vontade. Nem subindo ou descendo linhas o adversário conseguia encontrar soluções, porque a equipa dava espaços, nem conseguia ser compacta, com os jogadores a não ter mobilidade.
Comparando com as últimas semanas, para mim isto é o regresso dos fantasmas, porque realmente foi muito mau em termos de atitude competitiva.”
O coletivo não entrou bem no jogo. Sofreu dois golos logo nos minutos de arranque, mas conseguiu reduzir e recolher ao balneário com 2-3 no marcador.
Na segunda parte, pouco ou nada mudou, e o Vila Pouca aproveitou os espaços cedidos pelo GDM para isolar jogadores em situação de um para um com o guarda-redes ou de um para zero.
Costinha acabou por considerar o resultado justo.
“Justíssimo.
Não vou dizer que o resultado é demasiado dilatado, até porque no futsal funciona assim. E golos de 5º elemento é um risco que tem que se correr, faz parte.
É um resultado justo porque o adversário teve uma atitude competitiva do primeiro ao último minuto e acabou por merecer este resultado.
O GDM se calhar podia ter aproximado mais o marcador, porque não foi um jogo bem disputado, mas é justíssima a vitória do Vila Pouca.
O GDM terá que refletir, para que no próximo jogo apresentar outros argumentos.”
Com a primazia das cinco faltas, e mesmo em desvantagem numérica momentânea, devido a expulsão, o Vila Pouca não perdoou e matou a partida. O GDM ainda respondeu, em raros momentos de conexão da equipa, e mandou subir o guarda-redes, o que não chegou para evitar a derrota.
O técnico do Vila Pouca de Aguiar, Anídeo Carvalho, não esperava tantos facilitismos em casa do Macedense, que acabou, em parte, por tornar a vitória num prato cheio.
“Sabemos que o Macedense é uma equipa já com algum traquejo no futsal nacional, embora este ano esteja a fazer um campeonato não tão bem conseguido.
Sabíamos que íamos encontrar aqui algumas dificuldades. Acho que foi um jogo um bocado monótono, também pela estratégia que delinearam as duas equipas.
Acabou por se tornar um jogo mais fácil para nós, sem dúvida.
Sinceramente, não esperava tantos facilitismos. Esperava um GDM mais competitivo, sem dúvida. Até porque nós estávamos a ganhar e sentia que eles não iam atrás do resultado. Tenho que ser sincero e honesto nessa análise ao jogo. Começámos a ganhar e eles não nos pressionaram.
Acabaram por fazer golos, mesmo na primeira parte, através de erros nossos, erros que já não se usam. Talvez derivado à monotonia do jogo, falta de concentração.
Não estava à espera de ganhar por quatro golos.”
A jornada 14 a não correr bem ao GDM, após um período de crescendo de jogo.
Perdeu, este fim-de-semana, 5-9, frente ao Vila Pouca de Aguiar, que subiu ao 5º lugar na tabela.
Quanto ao Macedense, continua o mesmo 13º lugar, com 8 pontos, nesta III Divisão de Futsal, série A.
Segue-se agora ao Arsenal Parada, 4º posto na classificação.
Escrito por ONDA LIVRE