O primeiro-ministro, Passos Coelho, diz que, no seu entender, o socorro aéreo e “todas essas infraestruturas não têm apenas um custo elevado, têm necessidades de ser partilhadas com outras regiões e com outras populações que necessitam também de ter recurso a esses meios”.
Estas declarações foram proferidas na visita que o primeiro-ministro fez à Feira do Fumeiro, em Vinhais, precisamente na altura em que os autarcas do distrito de Bragança e do Ministério da Saúde lutam em tribunal pela permanência do helicóptero, colocado ao servido do nordeste em 2010, em contrapartida pelo encerramento de serviços de saúde, e do INEM. Tentam defender-se da ameaça de que o meio seja transferido para Vila Real.
Reclama-se na região que este meio é imprescindível, dado ser a que mais afastada fica dos hospitais de referência.
Pedro Passos Coelho diz mais, e afirma que “o que é importante é que essa articulação, sobretudo com o INEM, possa ser feita de modo a tirar o maior partido possível desses recursos sem deixar as pessoas desprotegidas.”
O governante deixou a garantia de que a população do distrito de Bragança não irá deixar de “ter ao seu dispor as infraestruturas e a equipamentos que tornem possível o acesso mais rápido a meios de saúde”, mesmo com o afastamento do meio aéreo.
Esta serventia está garantida, segundo o chefe do executivo, “por meios aéreos”. Acrescentou ainda que “ninguém disse que deixará de haver meios aéreos adequados para que as pessoas possam recorrer a eles quando for necessário, outra coisa é dizer ‘olhe que fica aqui um na região destinado para esta população, quando por vezes o INEM tem necessidade de esse serviço prestado a outras populações.”
De toda a frota nacional de emergência médica, o helicóptero do INEM é o que tem mais saídas.
Relembro que os 12 autarcas das câmaras do distrito de Bragança já interpuseram duas ações em tribunal para impedir a saída do meio aéreo. No entanto, as duas providências cautelares foram recusadas, o que faz com que o INEM possa deslocar o meio aéreo como entender.
Escrito por ONDA LIVRE