Os assaltos sucessivos estão a deixar os comerciantes apreensivos e alarmados.
Os donos das lojas do centro da cidade de Macedo de Cavaleiros temem ver também as suas portas arrombadas.
A recente medida aplicada aos meliantes, apanhados a tentar furtar uma moradia, que apenas ficaram sujeitos a apresentações mensais, não sossega quem se sente exposto 24 horas por dia.
“Estamos com mais receio do que ninguém. Podemos ser assaltados a qualquer momento.
Podem entrar nas nossas casas, e nós nem damos conta.
Eles chegam aqui, não nos avisam. Apontam-no uma arma branca, uma coisa qualquer, e uma pessoa e o que vai fazer? Deixar-se matar?” – diz Hérmino Jorne, um dos comerciantes que ouvimos.
“É evidente que sim, porque uma pessoa está sempre com receio que nos façam mal, que nos assaltem. E a verdade é que eles chegam à justiça e são postos fora, que ninguém lhe faz mal.
É por isso que eu ouço dizer muitas vezes o que é que a polícia vai fazer, se depois não há quem os condene.” – desabafa outra lojista, Maria Martins.
“Lógico. E quem tem uma porta aberta, mais receio tem.
Temos que ser nós a guardar o que é nosso, porque, por aquilo que se vê, a justiça falha.
Uma pessoa a cada dia que passa, mais insegura se torna.” – contou Maria João Borges, dona de uma casa que vende alfaias agrícolas.
Lembro que um grupo de assaltantes foi apanhado com a boca na botija no final do mês de janeiro.
Durante uma investida a uma residência em Macedo de Cavaleiros, alguns elementos da GNR surpreenderam os larápios e detiveram-nos dentro da propriedade.
Lembro que os mesmos foram ouvidos em primeiro interrogatório pelo tribunal local, ficando com apresentações mensais às autoridades como medida de coação aplicada pelo MP.
Quase todos os lojistas têm relatos de furtos.
“Já houve tentativas, duas vezes.
Não sei se foi o alarme que assustou, e eles fugiram. Arrombaram a porta duas vezes antes de termos grades.” – Quem o diz é a comerciante Ana Lopes.
“Já fui assaltada.
Partiram-me o vidro da montra e levaram máquinas.” – continuou Maria João Borges a dizer.
“Neste estabelecimento fui.
Partiram-me o vidro e levaram-me uma televisão.
Estava tudo cheio de impressões digitais, e houve alguém que disse que viu.” – descreveu Hérmino Jorne no decorrer na conversa.
Os comerciantes de Macedo de Cavaleiros sentem-se inseguros devido à vaga de assaltos que parece estar a assolar a região.
Muitos deles já foram vítimas de assaltos, ou de tentativas, e receiam que as medidas tomadas pelos tribunais não contribuam para a segurança das suas casas.
Escrito por ONDA LIVRE