Os nordestinos são veementemente contra a retirada do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros e as críticas ao Governo intensificam-se.
Depois de duas providências cautelares recusadas pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, a saída do meio de socorro aéreo do distrito poderá ser uma realidade.
Os macedenses não concordam com esta medida, e relembram que o helicóptero é imprescindível para salvar vidas.
“Ele está aqui para salvar vidas.
Faz muita falta.
Eu tinha um empregado que foi salvo pelo helicóptero. Se não estive aqui, chegava a Vila Real já sem vida.“ – Natália Silva, uma habitante da cidade, falou sobre as valências práticas do meio aéreo.
“Eu no meu ver acho que devia ficar. Faz-nos falta, não é?
Se houver aqui um acidente, para vir de Vila Real para aqui, ainda demora. Se tiver aqui pertinho é diferente.” – pondera Maria Mavilde Areiras.
“Vamos ficar mais isolados, claro.
Estava aqui mais centrado para a nossa zona do nordeste.” – é a opinião de outro habitante, Martinho Gonçalves.
Quanto às declarações proferidas pelo primeiro-ministro, na visita à Feira do Fumeiro em Vinhais, sobre a necessidade de partilhar os meios entre as regiões e que a deslocação do helicóptero para Vila Real não implica a privação das populações de usufruírem dos seus serviços, as opiniões são discordantes com as do governante.
Nuno Batista é uma dessas vozes. Explica que o meio de socorro aéreo deve estar no do coração do nordeste, para poder salvar vidas.
“Isso é uma opinião pessoal do primeiro-ministro. Penso que não é a opinião geral da maioria dos habitantes de Macedo de Cavaleiros.
Até porque o facto de o helicóptero ir para Vila Real fica sempre a uma distância muito superior para socorrer as pessoas mesmo dos outros concelhos de Vinhais, Mirandela, Bragança, Miranda do Douro e por aí fora.”
Os macedenses a oporem-se à saída do meio de socorro aéreo do INEM, que está estacionado em Macedo de Cavaleiros desde 2010.
Consideram que é essencial para salvar vidas e para quebrar o isolamento do Nordeste Transmontano no que toca à saúde.
Relembro que foram interpostas duas providências cautelares pelos autarcas da região, para impedir a deslocação do meio aéreo. A última delas foi recusada, à semelhança da primeira, pelo tribunal de Mirandela, o que permite ao INEM transferir o veículo de emergência quando entender.
Escrito por ONDA LIVRE