O Grupo Desportivo Macedense perdeu, em casa, frente a líder Ervededo por 4-1.
Um jogo a contar para a jornada 16 da III Divisão Nacional de Futsal da série A, em que a equipa forasteira vincou o lugar da cabeceira e levou a melhor.
O capítulo da finalização é o grande infortúnio.
O técnico macedense, Costinha reitera que os resultados não espelham o valor da sua turma e saiu satisfeito com a prestação do emblema verde e amarelo.
“O Macedense é unanimemente dito por todas as equipas que joga a um nível que não é reflexo da tabela classificativa.
Agora aquilo que eu tenho vindo a dizer, nos pormenores, na falta de maturidade competitiva, acabamos por forçar uma jogada, ou um canto acaba por sair mal, e levamos uma transição e um golo. Obviamente estes aspetos deitam a equipa abaixo e demora-se algum tempo a reagir. Mas a atitude tem estado. Assistimos novamente a uma atitude do GDM boa, tirando pontos, pormenores e alguns detalhes que o adversário aproveitou. Nós não aproveitámos alguns detalhes, alguma falta de concentração que eles tiveram.
Foi um GDM que conseguiu esgotar o adversário em determinados momentos. Conseguiu fazer circulação, assumir jogo, fazer pressão baixa, pressão alta e alternar situações diferentes.”
Ricardinho fez as delícias à bancada ao assinalar o único golo da equipa da casa, a três minutos do apito final.
Costinha reforça que o dever dos atletas está a ser inteiramente cumprido.
“É que o dever está a ser cumprido. Eles estão a crescer. A equipa está com uma competitividade diferente da do início da época.
Agora ainda não chega. É preciso mais, e nós temos que ser ambiciosos. Temos que controlar mais jogo, evitar o jogo das transições, porque nós somos mais fortes em organização, quer defensiva, quer ofensiva.
Temos que aproveitar estes momentos e crescer. Estamos conscientes que devíamos estar mais acima, com mais pontos, e estamos desiludidos nesse capítulo.
Agora sabemos que o nosso papel é continuar a trabalhar e a melhorar até ao final do ano. Nesse aspeto estou convencido que deste passo que o GDM está a dar tirar alguns dividendos do futuro. Hoje tivemos ali um Pedro personalizado, com 17 anos; tivemos ali um Valter, que jogou a semana passada muito bem, nesta não jogou tanto tempo, fruto da estratégia que adotamos; tivemos um Patrick lesionado, obviamente, ou não jogaria tão pouco tempo.
Tivemos algumas situações, mas temos uma equipa em crescendo, e isso é que é importante.”
Ainda assim o treinador de futsal de Macedo de Cavaleiros admite haver muita aresta para limar.
A grande diferença para atrair qualidade e resultados está no setor financeiro, e neste o GDM joga à defesa.
“Por isso é que está em primeiro. Essa é a grande diferença. Nesta toda a gente ganha a toda a gente.
No Ervededo vemos que a diferença são os vencimentos. Para trazer qualidade, é preciso vencimentos.
Eles pagam acima de 500 euros, e o GDM trabalha, como toda a gente sabe, por amor à camisola. Isto é óbvio que tem diferenças.
A diferença na circulação, na velocidade de execução das jogadas, o passe e a receção são muito mais rápidos, muito mais dinâmico.
Às vezes do banco falávamos se eles tivessem a organização que nós apresentámos em determinados momentos, era uma equipa temível porque tem muita qualidade. E depois tem uma coisa que a nós nos faltou em determinados momentos: a atitude e a garra. O querer disputar cada bola como se fosse a última, e em determinados momentos nós somos moles.
Isso é competição. Isso é competitividade. E nesses aspetos temos que crescer muito.”
O Ervededo, de Chaves vai dominando a tabela, com 34 pontos, já o GDM é penúltimo com oito pontos conquistados, numa altura em que estão jogadas 16 jornadas.
Escrito por ONDA LIVRE