“Regadio tem que ser rentabilizado”

O sistema hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros está subaproveitado.

Com uma área disponível de três mil hectares, os beneficiários do regadio tem apenas 500 hectares cultivados.

A estrutura instalada com base na Albufeira do Azibo apresenta boas reservas de água para dar resposta às culturas de regadio, que ainda são escassas, dado o grande volume de terrenos que não estão a ser utilizados.

O presidente da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, Hélder Fernandes sublinha que as preocupações desta organização assentam no subaproveitamento do regadio e na capacidade de potencializar algumas produções.

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“As preocupações são, basicamente, as mesmas ao longo do tempo.

A baixa utilização que o regadio de Macedo tem. Está muito subaproveitado.

Temos uma grande necessidade de começar a trabalhar com outras organizações no sentido de criar dinâmica nalgumas produções onde poderemos crescer. Nomeadamente na produção de morangos, hortícolas, algumas fruteiras, que podem rentabilizar bastante o regadio.

Porque esta infraestrutura custou muito dinheiro ao Estado, e é necessário dotá-la com outras taxas de utilização ou no futuro não sabemos o que pode acontecer.”

Hélder Fernandes desafia os agricultores a aumentar a sua taxa de produção, e frisa que os terrenos que estão dentro do perímetro de rega têm que ser cultivados.

O líder da Associação de Beneficiários diz que é preciso congregar sinergias que canalizem apoios à criação de riqueza e emprego no sector agrícola.

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“Há fundos comunitários disponíveis, há oportunidades.

O que é necessário é haver localmente haver organizações a instituir estes jovens que estão a investir, para que instalem culturas com apoio e conhecimento técnico, para se criar aqui uma atividade que gere emprego e que mexa com a economia.

A região tem uma infraestrutura que está muito subaproveitada e isso tem que ser alterado. É a aposta dos dinheiros europeus, a aposta da organização interna que é necessário fazer para que as pessoas se instalem e que vejam nessa fixação o começo de uma atividade com futuro.

Não seja, como muitas vezes no caso dos jovens, em que se instalam e que depois a atividade termina.

Na altura em que poderia terminar o seu compromisso, se calhar aumentar a sua produção, verem-se apoiados. Porque a nossa área destinada à agricultura é realmente muito baixa.”

 

O presidente da Associação de Beneficiários a reiterar que é preciso olhar para a área agrícola de maneira futurista.

Quem visitou a colectividade foi o candidato distrital pela coligação PSD-CDS às europeias de 25 de maio.

António Afonso auscultou as angústias e anseios desta Associação.

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“Falámos de novas culturas, de jovens e menos jovens que apostaram em novas culturas frutícolas, como é o caso do morango. E há vários exemplos interessantes.

Tivemos agora uma reunião com responsáveis pela instituição de regantes, como as pessoas dizem, ou seja, os beneficiários. E ficámos satisfeitos com aquilo que ouvimos, com o que está a acontecer, quais são as perspetivas de futuro e poder ultrapassar algumas questões que estão a dificultar.”

António Afonso saiu desta reunião convicto de que está aqui uma oportunidade de criar dinâmica na economia e empregos

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“É um espaço para as pessoas apostarem numa área que pode ser muito interessante.

Eu penso que quando se fala agora em problemas para obter emprego, no fundo aqui é uma oportunidade.

Há fundos comunitários e o que é preciso é gente motivada e que queira apostar até em culturas novas, ver o que é que é melhor em termos da região, e porque têm que ser produtos com alguma dimensão para que depois se ligar a questão do escoamento.

O que eu achei desta reunião é que a Associação de Beneficiários está a fazer um bom trabalho. Neste momento tem mais de 1100 beneficiários. O que é preciso é que esses beneficiários estejam numa atividade rentável, que produza riqueza para fixar e ocupar pessoas nesta área interessante que é a agricultura.”

O sistema de regadio do concelho abrange uma área de três mil hectares e apenas 500 estão a ser aproveitados.

Existem cerca de 1146 regantes no concelho de Macedo de Cavaleiros.

 Informação ONDA LIVRE