A Companhia Portuguesa do Ferro está a utilizar um drone para fazer prospecções de ferro na sua área de concessão, em Torre de Moncorvo.
Nuno Figueiredo, da Companhia Portuguesa do Ferro, explica que o levantamento magnético está a utilizar uma tecnologia inovadora, introduzida em Portugal pela própria empresa.
“Já antes tinham sido feitos levantamentos aeromagnéticos com recurso a helicóptero ou avião. O drone é um veículo não tripulado que fica mais barato do que utilizar um avião ou helicóptero convencionais, tem outra mobilidade e uma vez que permite voar a altitudes muito mais baixas o levantamento magnético tem outra resolução.
Além do mais este magnetómetro que nós estamos a usar é único no mundo”, explica Nuno Figueiredo, da CPF.
O geólogo adianta, ainda, que esta tecnologia permite conhecer melhor os recursos na zona do projecto Ferro de Carviçais 2, cuja concessão pertence à Companhia Portuguesa do Ferro.
“Já identificámos um recurso explorável a céu aberto de 450 milhões de toneladas.
Estamos a alargar o nosso conhecimento para uma área onde os recursos ferromagnéticos poderão ainda ser maiores e com uma maior quantidade de magnetite do que temos até ao momento. Já temos à superfície nalgumas zonas minério com 25 por cento de magnetite, o que representa uma vantagem muito competitiva no nosso projecto e que é um factor único num projecto em Portugal”, garante Nuno Figueiredo.
No terreno desde 2 de Novembro de 2011, altura em que a empresa assinou o contrato de prospecção e pesquisa, a Companhia Portuguesa do Ferro não adianta para já uma possível data para a exploração de ferro em Torre de Moncorvo.
“Estamos numa fase de avaliação e certificação de recursos segundo o JORC e só depois da viabilização económica iremos proceder ao estudo de impacte ambiental e ao respectivo plano de lavra, subindo um degrau de cada vez”, remata Nuno Figueiredo.
Depois de desenvolver alguns testes em Carviçais 2, a empresa já chegou à conclusão que “é possível obter concentrados de ferro que são vendíveis dentro da Europa”.
Escrito por Brigantia (CIR)