A urgência médico-cirúrgica do Hospital de Mirandela “funciona na prática como uma urgência básica”, estando os utentes a pagar mais do que deviam.
A denúncia foi avançada, ontem, em conferência de imprensa, no Porto, pelo presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, acrescentando que a atual cobrança da taxa moderadora é “abusiva”.
É o resultado de uma promessa da Ordem de periodicamente denunciar as deficiências do Serviço Nacional de Saúde e de encaminhar algumas delas para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e até para o Ministério Público.
De resto, esta não é uma novidade, dado que, no início de Fevereiro, durante uma visita ao distrito de Bragança, o Bastonário da Ordem dos Médicos anunciou que iria pedir à IGAS uma investigação sobre o funcionamento da urgência médico-cirúrgica do hospital de Mirandela.
As declarações do Bastonário da Ordem dos Médicos, há 4 meses atrás, sobre o mau funcionamento da urgência de Mirandela, voltaram agora a ter eco numa conferência de imprensa do presidente da secção regional do Norte da OM.
Sobre o assunto, ao Jornal de Notícias, o presidente da administração da ULS do Nordeste admite que o serviço não tem nem nunca teve todas as valências de uma urgência médico-cirúrgica, mas é muito mais completo do que uma urgência básica, adiantou António Marçoa que admite a falta de especialistas em ortopedia e traumatologia.
No entanto, ao JN, Marçoa considera que o distrito de Bragança não necessita de dois serviços de urgência médico-cirúrgica
Informação Terra Quente (CIR)