PS defende mudança no setor social e económico transmontano

O PS afirma que vai continuar a lutar pela mudança do estado social e económico da região.

Declarações feitas no passado domingo, em Macedo de Cavaleiros, o XVI Congresso Federativo do PS, no qual participaram 200 membros de todas as Secções do partido do distrito de Bragança.

Luís Vaz, presidente da Comissão Organizadora e do próprio Congresso, afirma que é necessária uma mudança na governação, espelhada no aumento da dívida interna.

No sector económico, o partido rosa defende a criação de emprego na região e a continuidade de serviços.

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“Fundamentalmente, o que se entende e o que saiu daquele congresso é que é necessário mudar o estado das coisas no país. É necessário que também a Federação de Bragança contribua para a mudança que é necessária a nível nacional.

Não podemos continuar com um Governo que está a levar, sistematicamente, o país para o abismo. Um Governo que herdou uma dívida de 90 porcento do PIB, e neste momento vamos em 140 porcento.

Põe todos os sacrifícios feitos ao país em causa, e a dívida a agravar-se cada vez mais.

Por outro lado também, há questões importantes do ponto de vista social e económico. É necessário criar emprego, não deixar destruir o estado social, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde, a educação e a Segurança Social, que têm de ser mantidos, e que já estão muitíssimo degradados com os cortes que o atual Governo tem jeito.”

Nesses serviços cabem os serviços de saúde.

Luís Vaz não vê viabilidade na proposta do Governo para que as evacuações aeromédicas passem a ser feitas pela Força Aérea.

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“Um exemplo que foi dado foi o do helicóptero em Macedo.

Fomos nós, os socialistas. Fui eu e o deputado Mota Andrade que negociámos com o ministro da saúde, que mantivemos em Macedo a urgência básica, foi connosco que veio uma VMER e o helicóptero.

E esta gente trás aí o povo embalado agora com a ideia peregrina que é a Força Aérea que vai resolver o problema.

O que é que tem a Força Aérea a ver com a saúde? É bom que os transmontanos acordem e que não se deixem embalar e que nos apoiem nesta luta, porque estamos nela não para beneficiar os socialistas, é para toda a região e o país.”

O membro do partido rosa promete mesmo luta nas ruas, caso sejam feitos mais cortes na região.

Luís Vaz estranha a posição dos transmontanos para com o atual governo, e mostra-se confiante numa mudança de cor política nas próprias eleições legislativas.

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“Estamos permanentemente em cima do acontecimento. Se houver algum agravamento da situação, nós estaremos na rua veremos, e nesse momento veremos o que iremos fazer.

Agora o que nós estranhamos é que sejam os próprios transmontanos que ajudem a colocar este grupo, que está em Lisboa a governar da finança internacional.

E apesar das maldades que têm feito, ainda há muita gente na nossa terra que continua a bater palmas ao atual Governo.

Eles nem sabem o que será voltar outra vez a um país em que a Medicina esteja entregue aos privados e o SNS seja residual, apenas para os pobres. Se chegarmos a isso vamos para o terceiro mundo.

Não queremos que isso aconteça, e temos a certeza que não vai acontecer, porque vamos ganhar as próximas eleições. Vai haver um António que vai ganhar no fim do mês o diferendo que decorre para a escolha do futuro primeiro-ministro. Será um António, certamente. E esse António terá todo o partido à sua volta, para ganharmos as próximas legislativas e tratar destes assuntos, importantes para todos nós.”

Na sessão de encerramento desta reunião geral, foram convidados os líderes dos outros partidos com representação no distrito para tomarem conhecimento dos assuntos debatidos.

Foram ainda aprovadas moções sobre o fecho de serviços, a agricultura e a discriminação positiva para instalações de empresas da região, que vão ser discutidas na próxima reunião da Comissão Política Nacional do PS.

Escrito por ONDA LIVRE