A população de Quintela de Lampaças, no concelho de Bragança, reclama à Autoestradas XXI que resolva os problemas nos caminhos rurais desde que a autoestrada foi construída.
O presidente da junta de Freguesia de Quintela de Lampaças, Miguel Pinto diz que são vários os problemas que dificultam a vida das pessoas.
“No caminho da Lagoa junta muitas águas inunda casas. Há um caminho apertado, que dá acesso a uma corriça que não consegue ir lá um camião para descarregar palha.
Há um caminho paralelo à autoestrada que ficou sem saída por causa de 100 metros, nem chega a isso. As pessoas têm que percorrer 4km para irem para as propriedades.
Há aqui uma série de situações que estamos a tentar resolver.”
Um dos agricultores lesados é José Exposto, que reclama o acesso a um caminho rural. O caminho que existia há décadas foi destruído com as obras da autoestrada, deixando o agricultor sem ligação directa para a aldeia de Veigas.
José Exposto tem o documento que mostra o projecto do caminho, mas que não chegou a sair do papel.
“No local com as pessoas responsáveis, com nomes que eu agora não vou citar mas que poderei citar se for preciso, que são, sim, responsáveis.
Disseram-nos que faziam a linha de água, que não deixavam que as nascentes fossem destruídas e que o acesso do caminho publico que ali existe a norte dessa propriedade era reconstruído.
Não está a ser feito. Aliás, prometeram-no e não estão a cumprir é essa a minha revolta pois é um caminho publico que não pode deixar de ser feito de maneira nenhuma porque isso é ir contra os direitos das pessoas e eles comprometeram-se em fazê-lo e não estão a fazer.”
José Exposto não tem dúvidas de que a construção da autoestrada transmontana prejudicou bastante os agricultores da freguesia.
“Discordo completamente com o fato da autoestrada ter engolido o IP4, e não só, o caminho que servia toda a região, não só a mim como todos os lavradores a norte de Quintela de Lampaços onde temos água e os melhores terrenos e não temos acessos. Estão limitados os acessos, uma máquina debulhadora não passa, uma ceifeira não passa,em muitos casos há locais que não temos acessibilidade é isto que me choca.
Tenho muita pena que tivesse sido destruido o IP4, que tivesse sido destruido o caminho paralelo ao IP4 com a autoestrada que nós agora temos.
Ficamos sem acessos para as nossas terras, não só eu mas todos os outros proprietários.”
Contactámos a Autoestradas XXI, mas até ao momento não obtivemos qualquer resposta da concessionária da Auto-estrada Transmontana.
Informação CIR (Rádio Brigantia)