Na última reunião da Resinorte os autarcas que estão representados no conselho de administração desta empresa de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, votaram contra a proposta de subida da tarifa. Atualmente o valor cobrado por cada tonelada de lixo aos municípios é de 36 euros e a empresa propõe-se a aumentar em 60 cêntimos a tonelada. No entanto os autarcas consideram que o valor deveria baixar para 32 euros.
Francisco Lopes, presidente da câmara de Lamego, espera que o Ministro do Ambiente e a entidade Reguladora do setor possam intervir e dar razão aos autarcas que entendem que a empresa tem “lucro excessivo” .
Francisco Lopes lembra que os negócios em energia elétrica que a Resinorte também detem são geradores de capital, o que poderia ser um contraponto para a redução da tarifa cobrada às câmaras pelo tratamento dos resíduos sólidos.
Os autarcas esperam que “prevaleça o bom senso” e que a posição dos presidentes de câmara seja tida em consideração, quer pelo Ministério do Ambiente, quer pela Entidade Reguladora de Água e Resíduos.
Recorde-se que a Resinorte foi criada em 2009 como uma empresa que tem como tarefa gerir um sistema multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Norte Central do país, e integram este sistema 35 concelhos, totalizando cerca de um milhão de habitantes.
Apesar dos municípios serem acionistas, a Resinorte, empresa de capitais públicos, é detida em grande parte pela EGF que está em fase final de privatização e cuja adjudicação foi a um consórcio liderado pela Mota-Engil.
Informação CIR (Universidade FM)