Nas regiões do interior, ainda poucos consumidores fazem uso do livro de reclamações.
A tendência é nacional, mas acentua-se longe do litoral.
Anabela Ferreira, coordenadora do Gabinete de Apoio do Consumidor da Delegação do Norte, esteve na passada sexta-feira em Macedo de Cavaleiros para uma sessão de esclarecimento intitulada “A proteção dos consumidores como contributo para a inclusão social”, e revela que ainda há muita iliteracia na hora de mostrar insatisfação com um produto ou serviço, o que se traduz num baixo número de reclamações efetivas.
“Ainda há muita iliteracia em todas as áreas mesmo na área tão simples como conhecer os seus próprios direitos enquanto consumidor.
Nós notamos isso um pouco por todo o lado, no interior notamos um pouco mais ainda e que as pessoas ainda não reclamam muito, utilizam pouco o livro de reclamações estão pouco sensibilizados muitas vezes para fazerem as cartas para reclamarem os seus direitos.”
Esta sessão foi organizada pela câmara municipal em parceria com a DECO.
Helena Magalhães, vereadora da Cultura, partilha da opinião de Anabela Ferreira, e explica que se pretendia dotar os técnicos de intervenção social, para que melhor possam ajudar os munícipes a fazer correctamente uma reclamação ou a saber como agir em caso de sobreendividamento familiar.
“Como vivemos uma época em que há famílias sobreendividadas a maneira como elas podem ultrapassar determinadas dificuldades a orientação que podem receber é nesse sentido que a Câmara Municipal pretende que esta ação de formação lhes traga alguns esclarecimentos.
O município de Macedo de Cavaleiros tem um protocolo com a Deco e portanto solicitou a estas formadoras que viessem fazer esta sensibilização às pessoas e também auxilia-las no caso quando recebem por exemplo uma fatura em que o valor é muito mais elevado daquilo que deveriam pagar a forma correta de reclamar que serviços é que se devem dirigir e no fundo arranjar aqui algumas soluções para os seus pequenos problemas que vão surgindo e acho que as pessoas ainda não estão muito bem sensibilizadas para esta mais valia que a Deco pode ser da pequena sessão de esclarecimento é dirigida de uma forma mais especifica para os técnicos que fazem intervenção social mas é também aberta á população em geral e temos ali a sala de fato com um publico um pouco variado.”
No topo da lista das reclamações que são feitas está a ASAE, seguida da ANACOM. Depois, vem o setor da energia, das faturas de água e luz e os serviços de compra e venda.
Escrito por ONDA LIVRE