Famílias sobre-endividadas da Terra Quente podem pedir ajuda à DECO

As famílias sobre-endividadas da Terra Quente podem pedir ajuda junto da DECO, através das câmaras municipais.

Ana Passos, do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da Deco, da delegação do Porto e Norte, explica como funciona este protocolo.

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“Fazemos a renegociação não preciso de ir ao Porto, fazemos a renegociação dos créditos tendo alguém da Câmara que acompanha a situação e de uma forma sigilosa portanto são situações que requerem alguma forma de tratamento sigilosa e é isso que fazemos, portanto atendemos as famílias de uma forma sigilosa aqui na Câmara e em parceria com a Deco depois renegociamos com os credores as dividas que as famílias têm e quando falo em dividas falo de todo o tipo de dividas exceto ao fisco e a segurança social. Estamos então a falar de um crédito a habitação, um crédito pessoal de serviço público como a eletricidade, água, etc. Sabemos que as famílias portuguesas neste momento difícil em que tem uma carga fiscal cada vez maior em que o serviço da divida cada vez pesa mais no orçamento das famílias e muitas precisam de ajuda e devem pedir ajuda tão cedo quanto possível.”

Os cortes salariais já ultrapassaram o desemprego na lista de situações que fazem com que as famílias deixem de conseguir pagar os seus empréstimos.

Ana Passos apela às famílias que peçam ajuda atempadamente.

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“A principal causa tem sido tradicionalmente o desemprego mas também e neste momento os cortes salariais já ultrapassaram as situações de desemprego. Famílias com cortes salariais e que tinham compromisso de pagamento da prestação da casa, prestação do crédito automóvel, outros créditos pessoais e não estão a conseguir pagar, por outro lado, também temos fiadores ou pequenos empresários que entretanto encerram as empresas e que se veem em situação difícil. Devem tentar pedir ajuda antes de entrarem em incumprimento no sentido de nós podermos renegociar com os credores uma prestação mais baixa para que as famílias possam cumprir e não tenham problemas que depois advêm dessa situação como depressões. “

 

Dos Serviços Sociais do município macedense, a técnica Cristina Brinço esclarece como é que a população pode requisitar este serviço. Para já, os casos que aparecem são poucos, muito por causa da falta de informação.

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“Sim as pessoas dirigem-se aos nossos serviços á Divisão de Educação e Ação Social é colocada a questão e depois nós entramos em contato com as colegas da Deco e é colocada toda a situação e depois todo o processo o encaminhamento é feito pelas colegas da Deco. Nós limitamo-nos a mandar os dados que elas pretendem e a seguir as orientações que elas nos dão, no fundo de acordo com cada situação, porque cada caso é um caso. Ultimamente penso que as pessoas ainda não estão muito informadas sobre este tipo de apoio que a autarquia tem mas tem aparecido alguns casos não muitos até agora.”

O número de famílias que procura renegociar dívidas tem vindo a aumentar. Segundo estatísticas da DECO, no ano passado chegaram, de todo o país, 29 mil pedidos de ajuda. No entanto, só 5 mil foram atendidos, porque a maioria dos sobre-endividados só recorre à instituição quando entram em fase de penhora ou de insolvência.

 

Escrito por ONDA LIVRE