ACDR Bela Vista elegeu Paula Almeida como nova presidente

A Associação Cultural, Desportiva e Recreativa do bairro da Bela Vista, em Macedo de Cavaleiros, foi a eleições este fim de semana, com alguma polémica à mistura.

Paula Almeida, que ocupou o lugar de vice-presidente nos últimos dois anos, foi eleita presidente da associação por dois anos, com 45 votos. A outra lista concorrente, encabeçada por Luís Santos, obteve 28 votos.

Luís Santos está ligado à associação há 14 anos, 12 dos quais como presidente. Após um interregno de dois anos explica que se voltou a candidatar por entender que a direção vigente estaria a criar um afastamento entre a secção desportiva, composta pelo grupo de cicloturismo, e a restante associação.

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“Agora voltei para me candidatar. Comecei a assentar a minha vida profissional, e achei que, como sempre fiz parte da secção desportiva, neste caso o que nos move e o que dá o ser realmente a esta associação sempre foi o cicloturismo, e eu como responsável, queria ir ainda mais longe levando sempre o nome da Bela Vista às costas.

Candidatei-me porque sei as dificuldades, as virtudes que temos com o cicloturismo e não estava a olhar para a nova direção, que já desempenhou funções ao longo destes dois anos e como eu já frisei e bem, fez muito por esta casa, mas que não tem com certeza essas virtudes para nos acompanhar porque não temos mais nenhum atleta a não ser eu da Bela Vista.”

Do outro lado, Paula Almeida entende que foi a secção de cicloturismo que não entrosou com a associação a que está ligada.

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“Nós não queremos essa separação, simplesmente a associação foi fundada aqui (no bairro) e depois criou-se a sevção de cicloturismo.

A secção de cicloturismo, realmente, tinha o nome da Bela Vista, mas eles nunca reuniam aqui. Reuniam onde eles entendiam, não me diz respeito.

O único contacto que tinham connosco era esta reunião, onde se apresenta o relatório de contas, e quando tinham alguma prova que envolviam mais pessoas e que precisavam da colaboração para trabalhar.

Primeiro, foi criada a associação e, se não estou em erro, só passados 10 anos é que criaram a seção de ciclismo.

Claro que é importante levavam o nome da Bela Vista, mas se no entender deles há essa divisão, foram eles que a fizeram a meu ver. Porque foram eles que optaram por reunir fora da sede.

Aquilo que nós pedíamos sempre, já que era uma secção da Bela Vista, era que viessem para cá, que dessem vida à sede, que a movimentassem e que também nos dessem algum lucro, porque estamos aqui e pagamos uma renda pelas instalações.”

A atual presidente deixa claro que continuarão apoiar as iniciativas organizadas pelo departamento do cicloturismo. Quanto ao Natal Sobre Rodas e ao Passeio Noturno dos Emigrantes, Paula Almeida afirma que foram atividades que partiram da associação, e não do cicloturismo, e que terão todas as condições para continuar a realizá-las.

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“Nós não colocamos ninguém para fora.

Se eles quiserem continuar a fazer parte da secção de cicloturismo da Bela Vista, têm o nosso apoio, como tiveram até aqui.

Se acharem que querem extinguir a secção teremos de pensar o que fazer com ela, se a extinguimos ou se vamos tentar encontrar uma pessoa que pegue no ciclismo.

Há atividades que são exclusivamente organizadas por eles, tem a ver com os Opens Regionais. Se eles saírem, não vamos poder dar continuidade. Mas atividades como o Natal Sobre Rodas ou o Passeio Noturno dos Emigrantes, sim até porque foi uma ideia daqui e eles trabalharam connosco. Partiu de nós para o ciclismo, e não do ciclismo para nós.

É uma atividade que não inclui a vinda de pessoas de fora, nem grandes eventos.

Agora, temos que reunir, ver as atividades que podemos levar a cabo, e essas vamos manter, mesmo que implique andar de bicicleta. Qualquer pessoa pode andar de bicicleta, sem ser federado e sem ser para competição.”

Paula Almeida diz mesmo que a secção desportiva reunia num espaço fora do bairro da Bela Vista, e que a direção de Luís Santos pensou  em encerrar a sede e mudá-la de local. Algo que a nova presidente não vê com bons olhos, por considerar ir contra os princípios da fundação da associação, que seriam dinamizar o bairro e promover o convívio.

Atualmente a associação conta com cerca de 110 sócios, 34 dos quais praticantes de ciclismo federados, um número que, segundo Luís Santos, pode este ano aumentar para 55.

Escrito por ONDA LIVRE